tag:blogger.com,1999:blog-3468445867942395642024-03-21T21:03:10.628+01:00Colcha de retalhosEu sou Maria, casada e tenho um filho.
Eu fui vítima de abuso sexual na infância durante 8 anos, os agressores foram meu pai e meu irmão. Estou escondida em um nome fictício pois eu não posso ainda dimensionar as consequências dessas revelações. Desejo, com este blog, desabafar e ate ajudar outras vitimas, e talvez intrigar agressores.
Sou da região norte do Brasil, onde eu acredito ocorrer com bastante frequência esta barbaridade.Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.comBlogger56125tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-57556335284786595922016-02-19T22:32:00.000+01:002016-02-19T22:34:01.581+01:00Eu nunca vou esquecer<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Desde que comecei escrever neste blog, muitas transformações ocorreram em minha vida. A maior delas foi o fato de não ter mais crises de pânico, isto é, estou curada da Sindrome, através de um livro que eu li (não acreditas? outras pessoas foram curada com este mesmo livro).<br />
<br />
Quando comecei escrever foi porque eu me sentia perdida, sozinha, desafiada, impotente com tantas recordações me sufocando, de um passado de abusos sexuais praticado por meus familiares. O blog foi o meu refugio, o meu amigo que me ouvia, e as pessoas que liam o que eu escrevia e comentavam foram para mim os meus melhores amigos, no momento em que eu mais precisei na minha vida.<br />
<br />
Eu procurei um "ombro amigo" entre meus parentes e meus amigos "reais", contei minha história, mas não encontrei em nenhum<i><b> vontade</b></i> ou <i><b>estrutura</b></i> para suportar essa carga tão dramática, muitos me ouviram,<b><i> não</i></b> me julgaram, me apoiaram, mas não foi além de uma tarde, ninguém que eu busquei e compartilhei processeguiu com uma ajuda efetiva. Ninguém gosta de tratar deste tema, principalmente quando tem parentes envolvidos.<br />
<br />
Nestas minhas transformações eu também posso citar a minha "conversão" à Cristo, mas ainda não estou preparada para escrever sobre o assunto. Porém é fato, o Espirito Santo mora em mim.<br />
<br />
Meu filho cresceu, e eu finalmente percebi que eu estava fazendo uma "repetição de padrão", agredido verbalmente meu filho assim como eu fui agredida na infância por minha mãe. Os webbinar da Rosemeiry Zago abriram meus olhos e me fizeram <i><b>mudar</b></i>. Eu "quebrei" o ciclo, pedi perdão do meu filho e nunca mais fui a mesma.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCBIiHTYVVfLi8Edbk1EkXu2-OOZs-zmnkAs-lnyXEDSGzOc8e6aKCrMSJ4_O4xe6mhyNZcLkjkGk7wRhL7zwqeivsGl6wOfLT1uoO3PBiyDmBQRqMenp55f3R-WAcI8J8sg-4iInSNNE/s1600/tulipas.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCBIiHTYVVfLi8Edbk1EkXu2-OOZs-zmnkAs-lnyXEDSGzOc8e6aKCrMSJ4_O4xe6mhyNZcLkjkGk7wRhL7zwqeivsGl6wOfLT1uoO3PBiyDmBQRqMenp55f3R-WAcI8J8sg-4iInSNNE/s1600/tulipas.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Google Imagens</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Voltei para escrever porque hoje acordei de um pesadelo, sutil, mas que me causou sofrimento por me fazer recordar dos anos mais difícies da minha vida.<br />
<br />
Eu nunca vou esquecer, são feridas profundas, inatingíveis intelectualmente, somente a minha Fé pode me dá suporte para tanta dor encrustrada nas entranhas de minha alma.<br />
<br />
Quero fazer um apelo: não permitam que nenhuma criança seja abusada sexualmente por quem quer que seja, parente ou não, educador ou cuidador, por ninguém. Se estiver ao seu alcance, não permita, pelo amor de Deus.<br />
<br />
Ninguém merece tal sofrimento por uma vida inteira.<br />
<br /></div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-5867062061242590822015-09-14T18:12:00.003+02:002015-09-14T18:27:05.337+02:00INADEPE e Rosemeire Zago - para resgatar sua criança ferida<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Considero que Deus ouviu meu coração, minha aflição, angustia, eu estava pedirda mais uma vez em problemas emocionais, relacionados à minha difícil infância. Eu estava agredido emocionalmente meu filho e meu marido, com reações de raiva desproporcional às situações vividas em alguns momentos do cotidiano. Já era tempo de mudar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma gentil e generosa leitora me enviou um email com do Instituto Nacional do Desenvolvimento Pessoal - <a href="http://inadepe.com.br/" target="_blank">INADEPE</a>, convidando para assistir um <b>hangout</b> (uma espécie de vídeo conferência ao vivo, com possibilidade de fazer perguntas e receber as respostas em tempo real) de tema <b><span style="color: red;"><i>"Resgate sua criança ferida</i>" - por Rosemeire Zago</span></b>, realizado por Karina Flôr - organizadora do SINAEM. As duas, Rosemeire e Karina, são super profissionais, mas muito carinhosas, cada hangout é formado um ambiente familiar e de acolhimento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeHUE71y7mlujGEbXMxUCAhvaq71uxcgCbKU3mPhyphenhypheneOJ18eINYwfT-y9rTiIO-ZD9Egoe6_dxL16G5WGaRJM42cm3mq3ceL68RATkxDT5A_2Ib3npbUvjWid_wKFEPgV0l5Kd4CDn5Lzo/s1600/Child-Abuse-stop-child-abuse-34714844-474-500.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeHUE71y7mlujGEbXMxUCAhvaq71uxcgCbKU3mPhyphenhypheneOJ18eINYwfT-y9rTiIO-ZD9Egoe6_dxL16G5WGaRJM42cm3mq3ceL68RATkxDT5A_2Ib3npbUvjWid_wKFEPgV0l5Kd4CDn5Lzo/s320/Child-Abuse-stop-child-abuse-34714844-474-500.jpg" width="302" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Vejam que, depois de assitir pelo menos dois hangouts, algo já havia mudado radicalmente em minha vida: eu havia finalmente <b>entendido</b> que eu sofri <i><b>abuso emocional </b></i>na infância, além dos abusos sexuais; eu entendi que o meu comportamento como mãe e esposa, nos momentos de fúria, eram na verdade, uma <i><b>repetição de padrão</b></i>, eu entendi que há dentro de mim uma <span style="color: red;"><span style="font-size: large;"><i>criança ferida, humilhada, negligenciada, sozinha e amedrontada</i></span></span>; eu aprendi que eu tenho o poder de parar a repetição de padrão, evitando assim, abusar emocionalmente do meu filho e esposo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aprendi também que a superproteção é um abuso emocional e provoca
sequélas graves na vida de uma criança, quando chega à fase adulta. Eu, então, tratei de usar todas as "ferramentas" ofertadas nestes hangouts para iniciar as mudanças em meu comportamento. Eu consegui escrever dois textos sobre o que aprendi, <i><a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.de/2015/08/irritacao-ainda-havia-algo-de-errado.html" target="_blank">Irritação ainda havia algo de errado</a></i> e<i> <a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.de/2015/08/irritacao-pedido-de-perdao-ao-meu-filho.html" target="_blank">Irritação - pedido de perdão ao meu filho</a></i>, os quais eu não me aprofundei, mas "<i>joguei</i>" informações para que saibam que podemos fazer algo para mudar nossa realidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esta semana, dia 17 de setembro, será o sexto e último hangout da série, tendo como tema <span style="color: red;"><i><b>"O processo de cura da sua criança ferida"</b></i></span>. Na semana passada foi sobre <span style="color: red;"><i><b>"Abuso Sexual e as sequelas na vida adulta"</b></i></span>. Será imperdível, se não puder assistir ao vivo, os vídeos ficam disponíveis, on line, por alguns dias. </div>
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<br /></div>
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Todas estas palestras, até hoje, tem um total superior à 10 horas de profunda discussão sobre entendermos nosso problemas emocionais e físicos (somatização do sofrimento), relacionados ao nosso passado de abusos, sejam eles físicos, sexuais ou emocionais. </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b><a href="http://inadepe.com.br/webinar-resgate-sua-crianca-ferida/registro/" target="_blank">Faça sua inscrição aqui</a> </b></i>para
assistir os hangout anteriores e o próximo, da semana que vem. Podemos
acolher a nossa criança ferida e mudar inclusive a "realidade dela". </div>
</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-73242242419333214462015-08-25T09:20:00.001+02:002015-08-28T07:08:17.975+02:00Abuso emocional - voce entende o que é?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
A reportagem do Fantástico do dia 01 de março de 2015 <a href="http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/03/agressao-verbal-na-infancia-pode-doer-mais-do-que-palmada.html" target="_blank">Agressão verbal na infância pode doer mais do que palmada</a>, fala sobre o tema abuso emocional. Nesta mesma reportagem citam uma pesquisa PUC do Rio Grande do Sul, que entrevistaram dez mil adultos de todo o Brasil.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: red;">"Lembranças de palavras ofensivas e de negligência emocional reduzem em até 30% a autoestima e o otimismo. Aumentam em 20% a impulsividade. Apenas 10% dos que sofreram com ofensas se consideram emocionalmente saudáveis"</span></i> resultado desta pesquisa citado no <a href="http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/03/agressao-verbal-na-infancia-pode-doer-mais-do-que-palmada.html" target="_blank">G1-Fantástico</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda está disponível na internet este site que faz esta pesquisa. O cadasto é anônimo e responde a uma série de perguntas sobre experiências de vida e em troca ganha um perfil de personalidade, e o participante e ainda eles oferecem tratamento online, conforme constatado suas necessidades. As características atuais do temperamento dos participantes estão diretamente ligadas aos maus tratos físicos e emocionais na infância. </div>
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<br /></div>
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Eu me cadastrei, respondi à uma infinidade de perguntas (tipo só de marcar, mas eram tantas que até me fadigou). Ao final eu recebi um imenso relatório sobre o meu perfil comportamental, proporcional aos número de perguntas respondidas. Se voce se cadastra, não tenha preguiça de responder tudo, vá até o final, é inclusive uma auto análise, é emocionante, concentre-se para responder, esteja só.</div>
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<br /></div>
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O link para o questionário é <a href="http://www.temperamento.com.br/content/index.php?secao=cadastro" target="_blank">www.temperamento.com.br/content/</a>, tem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, <b><span style="color: blue;">aceita</span></b> no botão abaixo e boa sorte.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O próximo webinar será nesta semana. Trata-se daquelas reuniões online (ou voce pode assistir depois o vídeo gravado) que eu citei aqui neste blog, no texto <a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.de/2015/08/resgatar-crianca-ferida-em-mim.html" target="_blank">Resgatar criança ferida em mim</a>, onde tem o link para o cadastro do seu email e para que você receba a permissão de assistir e receber material (textos) relacionado com o tema. Tudo é grátis e sigiloso.<br />
<br />
A Psicóloga Rosemeire Zago vai conversar sobre o <b><i><span style="color: red;">abuso emocional</span></i></b> e desponibiliza um texto introdutório sobre o tema: <a href="http://inadepe.com.br/sobre-o-abuso-emocional-e-as-sequelas-na-vida-adulta/" target="_blank">O abuso emocional e as sequelas na vida adulta</a>.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Outro material que achei no Facebook da Psicóloga Rosemeire Zago foi este texto escrito por ela e publicado site somostodosum.ig.com.br, no Portal de bem estar e autoconhecimento, <a href="http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=14760" target="_blank">clique aqui para acessar o link</a>.<br />
<br />
Ainda quero aqui compartilhar com voces o vídeo do Psicólogo Cezar Coneglian sobre o mesmo tema, mas como o enfoque nas Escrituras: <a href="http://www.sopalavra.cc/info_vd.php?id=771" target="_blank">Vivendo o Casamento para a glória de Deus - Estudo 17</a>, o link é proveniente do site Sopalavra.org.br. Eu coloquei o mais curto de 24 minutos, mas tem uma sequência de vídeos do mesmto tema, sobre correção de filhos, e trata exatamente da criança ferida que guardamos em nós e consequentemente crucificamos nossos filhos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVpSLX24vx5PgCFesLtQtU9VPWEu_455c6ppgYA9UOfttjeMmDCRLBq5wmn8xsR1Z7h_PE-zD2o-olHdbiiKFM1LRwZtfIjpmtsI9hl8P34usmIMWkzdIkqfyDkC7DGnzwZyXZ5oYk-J8/s1600/11822518_1015401421837206_7004991041270893452_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVpSLX24vx5PgCFesLtQtU9VPWEu_455c6ppgYA9UOfttjeMmDCRLBq5wmn8xsR1Z7h_PE-zD2o-olHdbiiKFM1LRwZtfIjpmtsI9hl8P34usmIMWkzdIkqfyDkC7DGnzwZyXZ5oYk-J8/s320/11822518_1015401421837206_7004991041270893452_n.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Google Imagem</td></tr>
</tbody></table>
Voce tem tanto material para uma <b>autoterapia</b>, não percam esta oportunidade de ajuda. E se conhecerem alguém que precisa destas informações, sejam generosos e divulgem.<br />
<br />
Olha imagem, veja, todas as minhas perguntas estão sendo respondidas. Lembra do texto que eu escrevi aqui <a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.de/2014_06_01_archive.html" target="_blank">Por que colcha de retalhos?</a> É o fio do recomeço, de remenda, é a busca pela origem e não por culpados.<br />
<br />
Faça voce a sua "<i>colcha de retalhos"</i>.<br />
<br />
Um forte abraço, com carinho,<br />
Maria Flor do Blog <i><b><span style="color: #274e13;">Colcha de Retalhos</span></b></i><br />
<i><b><span style="color: #274e13;"><br /></span></b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-36739280945194061942015-08-24T08:05:00.002+02:002015-08-24T08:11:14.052+02:00Irritação - pedido de perdão ao meu filho<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Eu assiti mais um webinar da Dra. Rosemeire Zago, <a href="http://inadepe.com.br/webinar-resgate-sua-crianca-ferida/wb2/webinar-aovivo/" target="_blank">"Entenda a influência dos traumas em seus relacionamentos"</a>, e aprendi outras tantas lições e aplicações para melhoria da minha vida. Uma destas aplicações foi <i>um pedido de perdão ao meu filho</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No webinar, a doutora conta a história de uma paciente, que se deu conta da sua repetição de padrão ao agredir seu filho, e ao entender que ela estava fazendo o que sua própria mãe fazia, ela finalmente entendeu que ela não estava educando, mas traumatizando o seu filho assim como ela foi traumatizada. A doutora conta que ao conversar como o filho, ela se abriu e contou das agreções que sofria quando criança, conta que os dois se abraçaram, houve perdão e até o filho desta mulher orientou os seus colegas da escola. Isso não é lindo? Divino?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ai eu pensei: isso não se aplica para mim, pois meu filho é muito pequeno.<i> Ledo engano</i>!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ontem, quando chegamos do restaurante (isto é, estavamos todos relaxados e felizes), meu esposo nos deixou em casa e depois saiu para ajudar um amigo, muito rápido, logo voltaria. Eu e meu filho ficamos sozinhos, e eu espontaneamente o abracei e pedi perdão, olhei em seus pequenos olhinhos inocentes dos seus 5 anos e pedi perdão por todas as vezes que gritei com ele, que o agredi emocinalmente, eu disse também que eu fiz isto porque eu achava que era correto, mas que agora sei que não é. Assim com estas palavras mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Falei para meu filho da minha infância, que minha mãe, a vozinha dele, me batia com pau e gritava comigo, me xingava, e eu ficava com muita raiva. E quando eu sentia raiva do comportamento dele eu sentia vontade de gritar e até de bater, mas controlava essa vontade e descontrolava nas palavras e no tom de voz, pedi perdão e pedi uma segunda chance.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Meu filho me ouviu atentamente, sem me interromper e quando acabei ele disse: <i>eu sinto vontade de chorar mamãe. </i>Depois disse<i> que me desculpava, que não foi nada </i>(é as palavrinhas que ele aprendeu conosco, quando desculpamos ele). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi simples assim minha gente. Foi mágico. Foi verdadeiro. Foi nossa vítoria.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como textos, vídeos, consultas à especialistas, como tudo isso pode modificar nossa postura perante a vida que vivemos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por favor, não cessem a vossa busca ao auto-conhecimento, ao resgate da sua criança ferida, aos argumentos para interromper a repetição de padrão, à validação de suas dores.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Todos os textos que tenho escrito nos últimos dias foram praticamente a cópia das palestas que eu tenho ouvido, não tem nada de original meu, exeto as emoções e experiências. Eu era tão vazia quanto você que hoje sofre solitáriamente as recordações de uma infância humilhante e negligenciada.<br />
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh89omyRhhoxFnrCXNRY9jpS9TKC-XOXIjwdDH1X5amngc-_zsN-RaGwT-DV-gzYQTRt1F876gKv46ReBgT5rpFk6-Bzg3NEQ-Lbs6daL_ueBP12gmN0R-PnbcEfmvG6hQjeZAgx5dR-Ok/s1600/mein_garten_by_angelakaufman-d90aezc.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh89omyRhhoxFnrCXNRY9jpS9TKC-XOXIjwdDH1X5amngc-_zsN-RaGwT-DV-gzYQTRt1F876gKv46ReBgT5rpFk6-Bzg3NEQ-Lbs6daL_ueBP12gmN0R-PnbcEfmvG6hQjeZAgx5dR-Ok/s320/mein_garten_by_angelakaufman-d90aezc.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: www.angelakaufman.deviantart.com</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Vou perguntar da doutora se tem como acessar os vídeos dela de uma forma mais simples sem cadastro de email, tá? O que mais quero é que todos vocês possam ouvir o que eu ouvi.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de uma conversa tão dura, mas necessária, nós brincamos, olhamos as nossas plantinhas no nosso jardim, nos divertimos juntos, conectados de uma forma diferente, mais amável e doce.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-33056212526884566662015-08-21T22:08:00.001+02:002015-08-21T22:08:22.759+02:00Irritação - ainda havia algo de errado<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Sabe aquele texto que eu escrevi <a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.de/2015/08/resgatar-crianca-ferida-em-mim.html" target="_blank">Resgatar criança ferida em mim</a>? onde eu indico para assistir um vídeo da Psicóloga e Analista Junguiana Rosimeire Zago, sabe? Eu continuo indicando infinitamente para todos que buscam <i>aqui neste blog</i>,<b><span style="color: blue;"> respostas</span></b>. Eu talvez não às tenho, mas uma profissional como esta psicóloga pode ter, acredite.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Deus está providenciando algo novo para mim. Eu creio. Eu estava muito acomodada, feliz por livrar-me da Síndrome do Pânico, agradecida, mas acomodada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao mesmo tempo que assisti o vídeo da psicóloga Rosimeire Zago, eu assisti os vídeos (<a href="http://www.sopalavra.cc/info_vd.php?id=771" target="_blank"> Um Objetivo Excelente. Vivendo o Casamento para a Glória de Deus </a>) do Dr. Cezar Coneglian no site <a href="http://sopalavra.com/">Sopalavra.com</a>. Um dia quero escrever sobre este site e os seus vídeos que estão disponíveis, quero dar o meu testemunho de que houve mudanças em minha vida, mudanças significativas e acima de tudo mudanças de libertação. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBBeOJxefxHbsUQGE0mC2Zz2tHmQD7VVVH_ytJKJ0ZLKlLr737Hq_YtTKKXhlVz2Q7rWMWt8G_tt_y27tUCklqnAxJrnh5Qyccetp8CmxmScHopgheSThGoXOtbnWtRv0Se6AoTYVLNlQ/s1600/alerta.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBBeOJxefxHbsUQGE0mC2Zz2tHmQD7VVVH_ytJKJ0ZLKlLr737Hq_YtTKKXhlVz2Q7rWMWt8G_tt_y27tUCklqnAxJrnh5Qyccetp8CmxmScHopgheSThGoXOtbnWtRv0Se6AoTYVLNlQ/s1600/alerta.jpg" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi uma <b><i>reação desproporcional</i></b> que eu tive que me fez olhar o "<i>sinal de alerta</i>". Eu me encontrei em uma situação de indignação e estourei sobre meu filho, em um impeto de raiva. Meu filho é uma criança, só tem 5 anos e eu o agredi com palavras duras, com uma voz pesada, carregada de raiva. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu estava ferida, machucada, indignada. A bíblia é bem clara quando diz que: "... <i>a vara da indignação falhará</i>" (Provérbios 22:8). Hoje eu conheço este versículo bíblico e tenho <b><i><span style="color: blue;">pesar</span></i></b> por não ter conhecido-o antes. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu estava cometendo uma <i>repetição de padrão</i>, ao agredir meu filho. E o pior de tudo que não foi a primeira vez, houve outras vezes quando ele era mais novinho, tantas outras vezes, até chegar aqui e eu finalmente entender que o quê eu estava fazendo não era educando-o, mas agredindo-o emocionalmente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O inconsciente repete padrão para termos a oportunidade de nos defendermos de algo que não tivemos estrutura emocional quando criança. Os eventos doloroso configurados como abusos físiscos e emocionais provocam um trauma, e este trauma está instalado no inconsciente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O inconsciente envia estas "<i>mensagens</i>" para fazermos uma <i>releitura</i> de nossas emoções reprimidas ou espontâneas, as quais nos confrontamos com reações conscientemente abominadas por nós, mas inconscientemente presente, pelo trauma.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E o que fazemos? repetimos o padrão, e o pior de tudo é que não nos damos conta de que isto é errado e danoso, pois não os indentificamos com abuso, mas como fosse normal e correto, por exemplo uma mãe disciplinar um filho, quando está zangada, agredí-lo emocionalmente com palavras assim como eu fiz.</div>
</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-72072396689702245582015-08-20T16:05:00.004+02:002015-08-20T16:05:34.697+02:00Um pedido<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Eu gostaria de fazer <i><span style="color: blue;">um pedido</span></i> para você, que leu os textos do meu blog. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não tenho propósitos financeiros ou interesse por fama. Eu estou aqui tão anônima quanto alguns de vocês. Eu adoraria ser eu mesma aqui, mostrar meu rosto, minha família, minha casa, mostrar o meu jardim para vocês, que com tanto carinho, partilharam comigo, momentos que nenhum amigo ou parente esteiveram ao meu lado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu peço que divuguem este blog, em seus Blogs, Facebook, G+, e tantas outras redes sociais que eu nem sei o nome. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos ajudar outras vítimas, que assim como eu, precisam de orientações, informações, para finalmente nominar suas dores, sentimentos, emoções.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYtN0kSadDicZdzpPu4eW8vRBBy2Kzc8WPvp1rqk0k_09QFle4xLxAVU5tCnS8YrVTUk0oN1-i9e1vnV8QwZiYcU5G8WRyqbxI-lcK1saiKUYc_Vcp0M9d-Mqid8aP7DVbroE9SMhHb00/s1600/Sunflower-Field-600528.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="241" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYtN0kSadDicZdzpPu4eW8vRBBy2Kzc8WPvp1rqk0k_09QFle4xLxAVU5tCnS8YrVTUk0oN1-i9e1vnV8QwZiYcU5G8WRyqbxI-lcK1saiKUYc_Vcp0M9d-Mqid8aP7DVbroE9SMhHb00/s640/Sunflower-Field-600528.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: hyattmoore.com</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-60531194750272218182015-08-20T15:39:00.001+02:002015-08-21T09:40:25.540+02:00Validação do sofrimento - conclusão<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
O rompimento do <i>silêncio do sofrimento </i>na infância, não mata, mas liberta.<br />
<br />
Eu que o diga, pois eu fiquei sozinha neste processo, com um bebezinho de 4-5 meses, com um marido atarefado, ocupadíssimo com seu emprego e com todas as outras tarefas que eu não conseguia executar por causa da Síndrome do Pânico e obviamente a depressão instalada em mim.<br />
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
Reconhecer que foi violada, que foi traída, roubada, foi tão doloroso quanto ser abusada sexualmente. Foi um processo doloroso, mas foi frutífero. Hoje eu me recordo desta situação, com pesar, mas tenho uma vida mais liberta e feliz.</div>
</div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
Todos deveriam estar dispostos a olhar, a entrar em contato com o que os feriu na infância, pois guardar esta dor pode trazer consequencias terríveis. Especialistas afirmam que a dor pode se tornar uma doença, mesmo depois de 10, 20, 30 anos. É a somatização da dor, do trauma não validado, não reconhecido. </div>
</div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando ocorre um evento com sobrecarga emocional maior que o entendimento de uma criança, por exemplo, o trauma é
configurado. Quando somos criança, não temos estrutura emocional para suportar tal peso e
automaticamente as recordações do evento doloso vão para o inconsciente. Temos as "sequelas", que são justifica nos
sintomas físicos ou emocionais.</div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="margin: 0px; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
Enquanto aquele conteúdo (evento doloso) estiver no inconsciente, onde <i><span style="color: blue;">eu não sei que aquilo</span></i><span class="apple-converted-space"><b><span style="color: blue;"> </span></b></span><span style="color: blue;"><i>me aconteceu</i></span>, o inconsciente continua no controle. Por isso é importante nomear, validar para não repetir nos nossos filhos. Sim, é possível que, por consequencia do não aceitamento ou conhecimento do trauma, pode gerar a <i><b>repetição de padrão. </b></i><br />
<b><i><br /></i></b><i><b><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTa-BvYQ2EtWO0UVTE5snZRZJm4C6UWzreDSMwChy_8n9OjcwFbCPE7hQ5Rn9lE5mW9efuu944v8MFWIrlyRcuZBFFkdnveadGKemt1UMKboDV1Ts9O98yhcvC0ZOBvMs5vOPY3Kny0xA/s1600/a+flor.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTa-BvYQ2EtWO0UVTE5snZRZJm4C6UWzreDSMwChy_8n9OjcwFbCPE7hQ5Rn9lE5mW9efuu944v8MFWIrlyRcuZBFFkdnveadGKemt1UMKboDV1Ts9O98yhcvC0ZOBvMs5vOPY3Kny0xA/s320/a+flor.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: allposters.es</td></tr>
</tbody></table>
</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
Ocorre em alguns casos, que mesmo tendo consciência, pessoas que foram abusadas, vão abusar seus filhos, pois estão enraizado na sistemática do abuso e tende a repetir o que conhecem, isto é, repetição de padrão.<br />
<br /></div>
<div>
A solução para que não ocorra a repetição de padrão é simplismente a conscientização dos abusos sofridos, buscar informações, identificar se o que ocorreu foi um abuso sexual, físico ou emocional, entender se o que você passou foi um abuso, <i><span style="color: blue;">buscar origem, não buscar culpados</span></i>.<br />
<br />
Você poderá encontrar elementos de orientação para que consiga identificar e nominar o tipo de abuso que "talvez" você tenha sofrido, no texto disponível na postagem <i><a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.de/2013/03/o-acordar-de-uma-flor.html" target="_blank">O acordar de uma flor</a>, </i>neste blog<i>.</i> A fonte do texto original é do site <a href="http://www.relation-aide.com/" target="_blank">www.relation-aide.com</a>, escrito por Claire e Jacques Poujol e traduzido por Mirian Giannella.</div>
</div>
</div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<br />
Os pais conscientes, que podem entender sua própria
infância, são pais saudáveis emocionalmente, e não irão abusar (sob toda e qualquer forma de abuso) de seus filhos, pela repetição de padrão.<br />
<br />
A <b><i>busca</i></b> para entender a sua infância é importante <i>para voce</i> e <i>para os filhos</i> que um dia voce tiver ou para os filhos que você tem, assim como eu, que tenho um filho.</div>
</div>
</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-14685980900981935452015-08-19T10:09:00.000+02:002015-08-21T09:47:17.267+02:00Validação do sofrimento<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Na postagem anterior, <a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.de/2015/08/resgatar-crianca-ferida-em-mim.html" target="_blank">Resgatar criança ferida em mim</a>, eu falei de uma reunião (bate-papo) online sobre superação de traumas emocionais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu assisti o vídeo desta reunião. Vale muito a pena, mesmo para pessoas que nunca foram abusadas sexualmente, mas que sofreram outros tipos de abusos na infância, tais como abusos físicos, psicológicos, abandono, super proteção, ou até mesmo para aquelas pessoas que<i><b> acreditam</b></i> que nunca sofreram nenhum tipo de abuso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi a Psicóloga e Analista Junguiana <i>Rosemeire Zago</i> que palestrou e respondeu perguntas das pessoas que participaram do bate-papo online. O site desta psicóloga é um <a href="http://rosemeirezago.com.br/apresentacao/" target="_blank">rosemeirezago.com.br/</a>, tem muita informação, muita ajuda. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Rosemeire Zago cita Alice Miller (psicanalista polonesa, 1923-2010), que nos mostra a importância do rompimento do silêncio do sofrimento na infância </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi exatamente o que eu fiz: rompi o silêncio do sofrimento da minha infância, "<i>retirei toda a terra</i>" que se sobrepunha no meu coração, e olhei de frente o meu passado, escrevendo aqui as minhas recordações traumáticas de um longo de período de abusos sexuais. Muitas destas recordações eu não lembrava, era como se <b>nunca</b> tivessem acontecido, mas aconteceu e eu lembrei.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu escrevi uma postagem em junho de 2014 com o título <a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.de/2014/06/por-que-colcha-de-retalhos.html" target="_blank">Por quê colcha de retalhos?</a>, e lá escrevi <span style="background-color: yellow;"><i>"</i><i>O sentido que eu captei foi o de remendar pequenos e importantes fatos de minha vida, insignificantes recordações e lembranças que me atormentam como fantasmas e uma única '<b>peça</b>' para poder finalmente entender o '<b>todo</b>'. E então, não é assim que se constroi uma imagem do quebra-cabeça? através de pequenos fragmentos?</i><i>" </i></span><br />
<i style="background-color: yellow;"><br /></i>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF-d0zqwFtglCh6IqepZLJj6NGQ1AUhRgEsbpnUrXXVtvLp8_Q2ykgog_YjZCBiR0eE7O-q_SLKlEsohVuRJ4VOM3uKaN3yPAFn48k-LSV5yPS7nBjC7F7WLrHon2p2aqr3VvMK9-87lg/s1600/beautiful-garden-puzzle.gif" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="201" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF-d0zqwFtglCh6IqepZLJj6NGQ1AUhRgEsbpnUrXXVtvLp8_Q2ykgog_YjZCBiR0eE7O-q_SLKlEsohVuRJ4VOM3uKaN3yPAFn48k-LSV5yPS7nBjC7F7WLrHon2p2aqr3VvMK9-87lg/s320/beautiful-garden-puzzle.gif" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: www.sugestsoft.com</td></tr>
</tbody></table>
Foi explicado na web reunião que o abuso provoca o estresse pós-traumático, trazendo consequencias chamada <b><i>dissociação</i></b>. Na dissociação, a memória do abuso fica fragmentada, se espalha pelo cérebro.<br />
<br />
Quando você lembra, ao recontar sua história, por mais dolorosa que seja, por mais dor que te provoque, lembrando de partes da história, o <b>inconsciente</b> vai te enviando mais lembranças, e estas, vão se juntado uma a um, construindo assim uma memória completa, clara, e acima de tudo real.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E aliado a todo o processo de resgate do sofrimento na infância, de recordar e ter consciência dos traumas provocados pelos abusos, junto tem a VALIDAÇÃO do sofrimento, você terá motivos para chorar, motivos para ficar triste.<br />
<div>
</div>
<br />
<i><b><span style="color: blue; font-size: large;"><a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.de/2015/08/irritacao-ainda-havia-algo-errado_20.html" target="_blank">continua ...</a></span></b></i><br />
<br /></div>
</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-2025437176002873782015-08-16T09:09:00.002+02:002015-08-18T10:20:03.281+02:00Resgatar a criança ferida em mim <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;">Foi uma "leitora" (posso chamar assim?) que me enviou na semana passada o link de uma web reunião sobre superação de traumas emocionais. O título da reunião é </span><span style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;"><i><span style="color: blue;"><b>Resgate da criança ferida</b></span></i><span style="color: #222222;">, tem que entrar neste </span></span><a href="http://track.inadepe.com.br/track/click/30378527/inadepe.com.br?p=eyJzIjoiRmdVa0FwOVVrdkdYVUlfZ0h2VnhsZUtWekc0IiwidiI6MSwicCI6IntcInVcIjozMDM3ODUyNyxcInZcIjoxLFwidXJsXCI6XCJodHRwOlxcXC9cXFwvaW5hZGVwZS5jb20uYnJcXFwvd2ViaW5hci1yZXNnYXRlLXN1YS1jcmlhbmNhLWZlcmlkYVxcXC9yZWdpc3Ryb1xcXC9cIixcImlkXCI6XCJiNWZiNmUwYWRlN2Y0Y2I1ODY4YWY5MzZiNTY0YWY5N1wiLFwidXJsX2lkc1wiOltcIjIwYjcyOWFmODRhODY4ZjJkM2U3M2Y4ZDVmOGQ0MjI1ODNhYmZiNzlcIl19In0" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;" target="_blank"><i><b>link aqui</b></i></a><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;"> e se inscrever, é super fácil.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;">Eu agradeci muito a ela p</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;">or lembrar de mim, uma desconhecida de nome fictício, pela qual ela preocupa-se com o bem estar, lembrando quando encontra algo que pode me ajudar. </span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;">Obrigada mais uma vez. Esta flor é para ti.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqYXtvOSjB3RpGgn8nju1qMdYzpgKcnr5XVJMKGmWJPpZ-U7PvuBOtIcJQ_PzthraTsrUGFW8BtmRCX4rBNxoEvRjzfVgNUZ_Ph9OKdVyTOPOPXR0YTmcGU912sKQAxs4lQ_ttG2QiIXU/s1600/floragosto.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqYXtvOSjB3RpGgn8nju1qMdYzpgKcnr5XVJMKGmWJPpZ-U7PvuBOtIcJQ_PzthraTsrUGFW8BtmRCX4rBNxoEvRjzfVgNUZ_Ph9OKdVyTOPOPXR0YTmcGU912sKQAxs4lQ_ttG2QiIXU/s400/floragosto.JPG" width="295" /></a></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;">Eu andei completamente afastada deste Blog e do email.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px; text-align: justify;">
Como vocês podem saber, eu me livrei da Síndrome do Pânico e agora eu encontrei outras razões para viver, crescer (emocional e profissionalmente). Então <span style="font-size: 12.8000001907349px;">eu andei muito ocupada com a minha LIBERDADE.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px; text-align: justify;">
Porém, ontem, aconteceu algo que me fez voltar para cá. Graças à Deus, não é nada relacionado com abusos sexuais, mas relacionado comigo, com o meu jeito de ser, com meu "destempero".</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px; text-align: justify;">
Foi meu jeito bruto de falar com meu filho ontem. Ele me irritou, me decepcionou, me indignou em público. Ele ainda tem só 5 anos. Eu pulei nele e com uma voz pesada em meio a uma explosão de raiva eu o agredi verbalmente.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px; text-align: justify;">
Quando chegou a noite eu fui ouvir uma palestra "qualquer" do site <a href="http://www.sopalavra.com.br/" target="_blank"><b>Sopalavra.com.br</b></a>, que tem uma lista enorme de vídeos de palestra explicativas da bíblia e aplicação no cotidiano. Eu não escolhi muito, fechei os olhos e cliquei em qualquer uma. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px; text-align: justify;">
Foi uma obra de Deus. Escutei uma palestra sobre exatamente o que estava me corroendo no coração: como corrigir o filho, e que não se corrige quando se esta INDIGNADA; pois vai falhar, tá lá na bíblia. Foi incrível ver a providência Divina favorecendo algo que eu necessitava ouvir. Pode-se aplicar aqui a palavra <i><b>coincidência</b></i>, mas como eu tenho Fé em Deus eu aplico a palavra <i><b>misericórida</b></i> do Pai.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px; text-align: justify;">
Um dos <span style="font-size: 12.8000001907349px;">conselhos do palestrante era para "se abrir", falar para o esposo, ou mesmo com os filhos, como </span>você<span style="font-size: 12.8000001907349px;"> era quando </span>criança<span style="font-size: 12.8000001907349px;">, se teve pais </span>agressivos, como foi agredido, o que sentia, ..., relembrar, para que assim voce possa se enchegar como criança. Isto funciona sim, pois foi neste blog que eu desabafei, lembrei das coisas ruins que aconteceram comigo.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px; text-align: justify;">
Então vou usar este blog para fazer este exercício de expurgar a criança ferida que ha dentro de mim.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px; text-align: justify;">
Voltei queridos,</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px; text-align: justify;">
Maria Flor</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8000001907349px; text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-64715594058657928282014-07-02T18:34:00.002+02:002015-09-01T09:23:06.381+02:00Caldo de Caridade<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Acabei de ler um post do blog <a href="http://entremaeefilha.blogspot.com.br/" target="_blank">Entre mãe e filha</a> da Nina Sena, eu estava deitada e quase dormindo de tão cansada, quando de repente despertei e viajei no tempo ao ler o post <a href="http://entremaeefilha.blogspot.com.br/2014/06/ovo-poche-e-minha-avo.html" target="_blank">Ovo poche e minha avó</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
A Nina é do Amazonas assim como eu, e eu gosto muito de ler seus posts, pois ela dá um toque familiar (no sentido de conhecido) em tudo o que escreve, mesmo quando fala de sua impressão a respeito de uma cidade que visitou, quando fala sobre a cultura e costumes de países europeus, quando fala de decoração ou educação de filhos, ou ainda culinária, quando fala de Deus.</div>
<div style="text-align: justify;">
O caldo de caridade é uma sopinha fina e rala, feita basicamente com farinha de mandioca ou farinha de macaxeira, sal, alho, pimenta preta, os outros ingredientes são acrescentado a gosto ou quando se tem.</div>
<div style="text-align: justify;">
A Nina descreveu com perfeição o propósito e utilidade deste caldo, e eu nem vou tentar descrever com minhas palavras, mas pedir licença para expor aqui um trecho do post desta gentil pessoa: </div>
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<i>E quando nao tinha comida, vovó fazia o caldo da caridade. Ela deveria pensar que todo necessitado era meio que doente da alma e esse caldinho, feito com farinha de mandioca fina e ervas, levantava mesmo qualquer defunto. Fosse de corpo ou de alma. </i><b>Nina Sena</b></blockquote>
E o que o caldo de caridade tem haver com este blog? Vou explicar:<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Minha família era muito pobre, muitos filhos e somente meu pai trabalhava fora, e ele não ganhava muito. E houve períodos que eram piores, quando meu pai tinha crises de úcera intestinal e nao conseguia sair de casa para trabalhar, como ele trabalhava por conta própria, se nao trabalhava nao ganhava, e nao se tinha dinheiro guardado para esses períodos difíceis. Era nos anos 80, época de inflacao monetária no Brasil. A gente tinha a casa para morar de graça e o quintal para plantar frutas e legumes (mas as vezes os vizinhos nos furtavam) e algumas doações de amigos que moravam na área rural e nos presenteavam com peixe, frutas e farinha.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
E quando já nao se tinha nada vezes nada para cozinhar a minha mae fazia caldo de caridade para o almoço ou jantar. Sabe que eu lembro que eu gostava! era quente, salgado e dava a melhor das sensações: a de estar alimentada, cortava a fome, assim eu conseguia dormir quando era servido no jantar.</div>
<div style="text-align: justify;">
A variação chic do caldo de caridade é quando se coloca ovos dentro do caldo ainda ferendo, chamada de Cabeça de Galo, e esta versão era a mais animadora para todos nós, pois haveria algo mais que caldo! E claro quando minha mãe tinha ovos ela colocava no máximo 1 ovo para cada 3 ou 2 membros da família; eu já ficava muito feliz quando vinha um pedacinho da clara do ovo no meu prato, a gema ia sempre para o pai ou os irmão mais velhos.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, com a Graça de Deus, tenho uma condição financeira de vida muito boa, proporcionada primeiramente por meus estudos e trabalho (quanto tive) e ainda meu esposo. Entretanto, se for contar os anos, eu vivo mais tempo em uma vida de luxo e conforto do que em uma vida de dificuldades e privações, as quais foram somente na infancia até os 21 anos. Porém, nem mesmo tanto tempo vivendo no conforto, apagou em mim a infància pobre, e alguma alegria que eu senti naquela época.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjjj3WmLCvM2LCHispCIGaB1Tf5N3cj6uNL_bF_gUDSFEWI_v9rca7DcNK_eDII8l46SGJTrBcI5oJ9AlydL-qkf7m1fYQvXFIo1U5feYYOqAgGVH3J98QRm4OSvZEl5bSWQJABqiOeHo/s1600/imagesK1Z4SBP7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjjj3WmLCvM2LCHispCIGaB1Tf5N3cj6uNL_bF_gUDSFEWI_v9rca7DcNK_eDII8l46SGJTrBcI5oJ9AlydL-qkf7m1fYQvXFIo1U5feYYOqAgGVH3J98QRm4OSvZEl5bSWQJABqiOeHo/s1600/imagesK1Z4SBP7.jpg" /></a></div>
<br />
O caldo de caridade era feito também para quem estivesse doente, seja de febre, gripe, dor de dente, barriga, coluna, ..., qual doença, inclusive da alma, assim como a Nina cita. <br />
No período em que eu estava sendo abusada sexualmente por meus familiares (pai e irmão) eu sentia medo, depressão, tristeza sem fim e sem explicação, eu era muito criança, eu não sabia como denunciar o que estava acontecendo comigo, e com a manifestação dos sintomas da depressão e sindrome do panico minha mãe achava que eu era doente mental e ela me dava caldo de caridade para me curar. Santa ignorancia, coitada dela, já nem sei se sinto raiva ou pena.</div>
<div style="text-align: justify;">
O certo é que no auge da depressão eu sentia um certo conforto ao tomar o caldo da caridade, era um cuidado que minha mãe estava tendo comigo, era caridade.<br />
<br />
Foi somente o caldo de caridade que eu tomei quando eu estava em crises de sindrome de panico e depressão quando eu era criança. O caldo me alimentava, aquecia minha barriga, meu coração, me dava animo para olhar para frente, acreditar que teria um novo dia, um dia melhor. E hoje estou aqui, pois eu segui com ajuda da<i><b> caridade</b></i>.</div>
</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-54849280989652871672014-06-21T16:52:00.003+02:002015-09-01T09:19:30.166+02:00Por que colcha de retalhos?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Eu nao demorei muito para decidir qual seria o nome do meu blog, pois as primeiras palavras que surgiram em minha mente foram colcha de retalhos. Eu tive que completar com Colcha de Retalhos da Flor porque obviamente já existiam outros blog com este nome. Os outros blog de mesmo nome tinham a temática voltada para costuras, delicadesas de artesanatos, moda, enfim, tudo menos sobre abuso sexual.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Uma vez eu vi um filme Colcha de Retalhos na sessao da tarde com Winona Rider, e entendi o significado de se fazer uma. É um costume desde o século XVI fazer uma colcha de retalhos e dar de presente de casamento. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
O sentido que eu captei foi o de remendar pequenos e importantes fatos de minha vida, insignificantes recordacoes e lembrancas que me atormentam como fantasmas e uma única "peça" para poder finalmente entender o "todo". E entao, nao é assim que se constroi uma imagem do quebra-cabeça? através de pequenos fragmentos?(leia também <a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.de/2013_08_01_archive.html" target="_blank">Validação do sofrimento</a>)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg25yhMXs1H_6rGi_PQl8wK31AeAcDhLE84yqwAoDcUzpJxvpzZkkeGWYzgAHZFy-n5ZYWTVqH5gH3HrHadZlFIu06kT37hBVMZyO8HbZswu_1C6z0rwO0FLajU0Ss7J6ZfksWAV1fFwFI/s1600/1175536_540067049382277_981137411_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="577" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg25yhMXs1H_6rGi_PQl8wK31AeAcDhLE84yqwAoDcUzpJxvpzZkkeGWYzgAHZFy-n5ZYWTVqH5gH3HrHadZlFIu06kT37hBVMZyO8HbZswu_1C6z0rwO0FLajU0Ss7J6ZfksWAV1fFwFI/s640/1175536_540067049382277_981137411_n.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Google Imangens</td></tr>
</tbody></table>
Eu consegui, em parte, entender a imagem que deverá surgir ao final desta colcha de retalhos. Foi perdendo muito do que eu era para ser um alguém renovado, ser outra pessoa em mim, ser alguém melhor.<br />
<br />
Ainda nao é o fim!<br />
<br />
Vou escrever mais. Até breve,<br />
Maria Flor<br />
<br />
</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-47025212013584327822014-01-30T20:54:00.001+01:002015-09-01T09:00:39.513+02:00As vitimas da Pedofilia de Coari-Amazonas<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Foram duas reportagens seguidas apresentadas no <a href="http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/01/acusado-de-pedofilia-prefeito-de-coari-am-fala-sobre-menina-com-secretario.html" target="_blank">Programa Fantástico da Rede Globo</a> sobre o <a href="http://br.noticias.yahoo.com/prefeito-de-coari--am--%C3%A9-acusado-de-pedofilia-101706680.html" target="_blank">Prefeito de Coari acusado de Pedofilia</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
Coari fica a 363 Km de distancia em linha reta de Manaus, capital do Amazonas. Foi nesta cidade que a Petrobras encontrou petróleo e a segunda maior reserva de gás natural do Brasil, o que faz a cidade ter uma grande movimentação de turistas, prestadores de serviços e funcionários da própria Petrobras. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL2uWxb6EAdyMFQezz2U1XsDIh4ltAkXtp6wWcpcEWcT_NS1eIJqAQqHq6izWRuCwzr4E1Qa7uRrJDNqZJ9nwaVZvSrk_wP0u-qgDMHGoyHDr9iyLggyysfzZiIs0s1wKu1TcECch8wlQ/s1600/Map_Coari.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL2uWxb6EAdyMFQezz2U1XsDIh4ltAkXtp6wWcpcEWcT_NS1eIJqAQqHq6izWRuCwzr4E1Qa7uRrJDNqZJ9nwaVZvSrk_wP0u-qgDMHGoyHDr9iyLggyysfzZiIs0s1wKu1TcECch8wlQ/s1600/Map_Coari.png" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Google Imagem</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Exitem alguns depoimentos de <b>possíveis</b> vitimas de abuso sexual infantil, umas ainda crianças e outras, hoje adultas, que depõem contra o prefeito, alegando terem sido vitimas no passado, quando ainda eram crianças. Todas as <b>possíveis</b> vitimas são de origem humilde, habitantes de bairros ou localizações rurais que estão abaixo da linha da pobreza.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O fato é que exitem denuncias e 70 processos sobre o prefeito, processos estes que foram claramente "engavetados" pelo judiciário do estado do Amazonas. O Ministério Publico e a imprensa consegue hoje fazer com que o acusado pelo menos responda por seus processos e defenda-se das acusações.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como até hoje os processos não foram concluídos e o acusado não foi condenado, eu tenho a cautela de não fazer mais acusações ou jugamentos sobre o prefeito, mas gostaria de me pronunciar aqui, em meu blog, para dizer que se todos os depoimentos das vitimas forem verdade, acredito que estaremos (nós, a sociedade como um todo) com a "ponta do fio de um novelo gigante", isto é, todo este fato estará revelando o que realmente acontece em diversos locais do estado do Amazonas: <b>a pedofilia</b>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tanta pobreza por todos os lados, tantas crianças concebidas sem planejamento, crianças indesejadas por nascerem, por representarem mais trabalho e gastos financeiros, crianças parindo crianças, crianças desejadas sexualmente por seus pais, parentes, cuidadores e por políticos e empresários ricos e poderosos. Se são crianças pobres e tem "valor de mercado", imaginem se estas mães e pais terão escrúpulos? venderão suas crianças sem exitar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu estou torcendo para que as investigações sejam aprofundadas, e que a verdade venha a luz. As autoridades devem ficar voltadas para todo tipo de denuncias para elucidarem os fatos, e assim, salvar outras crianças e freiar os pedófilos. </div>
</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-13252710354619002942014-01-22T16:45:00.001+01:002015-09-01T08:59:59.646+02:00Eu fazia xixi na cama<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Neste més de janeiro reencontrei, uma parente muito querida, depois de muitos anos sem ter contato. Agora ela tem uma filha que já tem 5 anos completos e ainda faz xixi na cama, o que a obriga colocar fraudas na criança. E então lembrei que EU fiz xixi na cama até os 13 anos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Encontrei um site que fala sobre a Enurese, isto e, doença que se caracteriza com o ato de fazer xixi quando esta dormindo. O endereço e <a href="http://semxixinacama.com.br/">http://semxixinacama.com.br/</a>.</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFdurUqFFxbGU4aE45oeMR_AzFqeMUYsYo3aCb19YCoO-BOyNe_kCZvz5LNSDZod9P5ITEVKTuyGQWfaIS59ysMYbVsl-DQHkH4RVOwo6eujwVIDaL4VSqPtdJnvXwa_Qv7WGxovj4iro/s1600/xixinacama.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFdurUqFFxbGU4aE45oeMR_AzFqeMUYsYo3aCb19YCoO-BOyNe_kCZvz5LNSDZod9P5ITEVKTuyGQWfaIS59ysMYbVsl-DQHkH4RVOwo6eujwVIDaL4VSqPtdJnvXwa_Qv7WGxovj4iro/s1600/xixinacama.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Google Imagem</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Quando vi que aquela linda garotinha enfrenta este problema humilhante de fazer xixi na cama, lembrei-me de mim mesma. Ao contrário de mim, esta menininha tem total proteção e cuidados que uma criança merece ter de sua mãe. O caso dela será resolvido com um pouco mais de informação sobre o que Enurese e treinamento para controlar o xixi.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No meu caso não, foi diferente, eu fazia xixi na cama de MEDO. Eu tinha medo de levantar e ir ao banheiro, medo de me encontrar com o meu irmão que me abusava (<a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.com.br/2013/03/querido-pe-joao-resolvi-dizer-lhe-sobre.html" target="_blank">O primeiro e-mail</a>). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu me lembro muito bem de qual era o MEU comportamento em relação ao irmão que entrava no meu quarto quando eu estava "dormindo". Ate hoje eu tenho pesadelos de diferentes abordagens e narrativas, mas com o ponto central: o meu irmão entrando no quarto em silencio, macio e sorrateiro, como um ladrão, que rouba algo mais valioso que qualquer bem material: a minha paz, a minha infância, a minha inocência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu realmente <b>não</b> estava acordada quando fazia o xixi na cama, eu acordava "mijada" e consequentemente humilhada. Entre o momento que eu ia dormir e o momento que meu irmão entrava no quarto eu até acordava com vontade de ir ao banheiro, mas não tinha coragem de ir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E eu era "avacalhada" pelos meus irmãos e pela minha mãe, que ficava irritadíssima quando via os lençois e colchão sujos. Ela me batia, no intuito de me fazer parar de mijar a cama, Imaginem, a minha irmã 4 anos mais nova que não fazia xixi na cama e eu, uma "velha" de 6 anos, ainda cometia este erro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Minha mãe não tinha informação ou orientação para me ajudar, tão pouco ela tinha interesse e vontade de dar os cuidados necessários para mim, umãzinha de seus 8 filhos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então, quero dizer com este post, que fazia xixi na cama porque eu tinha medo, porque eu estava sendo abusada sexualmente com frequência, tanto isto é verdade que, quando eu denunciei os meus agressores eu parei de fazer xixi na cama e ia ao banheiro quando sentia vontade, durante a noite. Eu não tinha nenhum tipo de doença, que justificasse esta incapacidade de controlar o xixi durante a noite.</div>
</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-86753118388161817202013-12-28T21:35:00.001+01:002015-09-01T08:59:16.693+02:00MUITO OBRIGADA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span id="bc_0_2b+seedED" kind="d">O que teria sido de mim se não
tivesse escrito este blog neste ano? Se eu não tivesse ouvido os anônimos e os "seguidores"? O que teria sido de mim sem este apoio e
partilha?<br />Obrigada Nina Sena, do blog <i><a href="http://entremaeefilha.blogspot.com.br/" target="_blank">Entre mãe e filha</a></i>, me apoiou, estimulou escrever um blog, ate mesmo lutou por minha libertação e felicidade, obrigada!</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span id="bc_0_2b+seedED" kind="d">Precisamos de amigos, virtuais ou reais, anônimos ou apenas discretos, mas amigos, pessoas que propõem-se em ajudar, só isto, ajudar. </span><br />
<span id="bc_0_2b+seedED" kind="d">Eu fui ajudada, por todos vocês que leram o meu lamento, o meu protesto, a minha dor.</span><br />
<span id="bc_0_2b+seedED" kind="d">Muito obrigada!!!</span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZFQf8rA5DY0VvlgpIoeH21dBSRilhJi424OUpFuznAcwQ1f1_M0UrtvHt7Tvfr8R07FhOXgKW0XJvwbUinHaeN0_3cS3RYSRN5dBxaw8aPUB3ClWvGMCRH0IXoNGgmXkQArgzCM9LBKk/s1600/aaChampagne_1813416c.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZFQf8rA5DY0VvlgpIoeH21dBSRilhJi424OUpFuznAcwQ1f1_M0UrtvHt7Tvfr8R07FhOXgKW0XJvwbUinHaeN0_3cS3RYSRN5dBxaw8aPUB3ClWvGMCRH0IXoNGgmXkQArgzCM9LBKk/s320/aaChampagne_1813416c.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Google Imagens</td></tr>
</tbody></table>
<span id="bc_0_2b+seedED" kind="d">Feliz Ano Novo, </span><br />
<span id="bc_0_2b+seedED" kind="d">Feliz 2014!</span><br />
<span id="bc_0_2b+seedED" kind="d"><br /></span>
<span id="bc_0_2b+seedED" kind="d">Maria Flor</span></div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-23002994676743926762013-12-02T14:47:00.003+01:002015-09-01T08:58:41.372+02:00Chegou o Natal para voce?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
A cidade esta colorida, brilhando, cheia de luzes nas arvores e postes de luz. Os Shopping estão decorados com enormes arvores de natal, casa do Papai Noel e seus ajudantes. Chegou o Natal.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Eu tenho praticamente 3 meses que não escrevo neste blog, somente respondi aos comentarios de leitores, que são raros. Faltou inspiração, e até mesmo assunto. Sinto muito se decepciono alguém, não posso escrever apenas para manter um público. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
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Tenho 6 seguidores, e quero prestar minha homenagem para eles, que sem me conhecerem pessoalmente, seguram comigo a "minha bandeira" de luta. Obrigada seguidores deste blog, sinto muito orgulho de vosso apoio.</div>
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Sei que teria muito mais seguidores, mas sei que todos querem guardar seu anonimato, sua identidade, sei que ninguém gostaria de ser rotulado com o tema de abuso sexual, assim como eu que escrevo trás de uma identidade fictícia. Para voces que não são seguidores, mas leitores, meu muito obrigada!</div>
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O ano esta chegando ao final, e nesta trajetoria que segui, senti muitas emoções: positivas e negativas, mas posso dizer que o Saldo ficou positivo. Foram voces que leram, escreveram, apoiaram.</div>
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Escrevi sobre minha dor, "raguei meu peito e expus minha alma", eu precisava que alguém ouvisse, e voces fizeram isto por mim, 10 mil visualizacoes em 8 meses.</div>
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHRKJi6pvo8KY8Sk5V-wiIHCYHNu9iicMgQH-NPcc4uzWnOFc5fImvr9RvU3RBxDDQWObYO__pb4rTRBgP0i6SByA6LOiyS5Qh4vDfhsUJeuRpnkkXyyG2-n_Tv1ShwDmXFUK7ZJKXAGY/s1600/Fogos-Largo-Sebastiao-Euzivaldo-Queiroz_ACRIMA20101205_0158_17.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHRKJi6pvo8KY8Sk5V-wiIHCYHNu9iicMgQH-NPcc4uzWnOFc5fImvr9RvU3RBxDDQWObYO__pb4rTRBgP0i6SByA6LOiyS5Qh4vDfhsUJeuRpnkkXyyG2-n_Tv1ShwDmXFUK7ZJKXAGY/s320/Fogos-Largo-Sebastiao-Euzivaldo-Queiroz_ACRIMA20101205_0158_17.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Google Imagens</td></tr>
</tbody></table>
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Esse é o Teatro Amazonas, decorado com luzes para o Natal 2013. </div>
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MUITO OBRIGADA POR ESTE ANO, MUITO OBRIGADA PELO APOIO E COMPAIXÃO,</div>
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FELIZ NATAL,</div>
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Maria Flor. </div>
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Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-68000942320627500932013-09-20T20:33:00.001+02:002015-09-01T08:57:41.104+02:00A ira de um anjo - continuacao<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Ontem completou 1 mês que escrevi o post <a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.de/2013_08_01_archive.html" target="_blank">A ira de um anjo</a>. Uma grande pausa, necessária!<br />
Ainda não me sinto preparada para escrever, mas vou tentar.<br />
<br />
A Nicole sempre foi muito alegre, uma criança inteligente e curiosa, e em consequência disto ela aprontava muito, e no final "eu pagava o pato". Sendo eu a mais velha, tinha a "responsabilidade" de cuidar da minha irmã mais nova, impedir que ela quebrasse algo ou mesmo se machucasse.<br />
<br />
Ai eu me enfurecia!<br />
<br />
Ela estava com 2 anos e eu com 6, lembro-me de a partir deste ponto eu receber ordem de cuidar dela. Antes eram os meus irmãos mais velhos. Eu já estava sendo abusada sexualmente à pelo menos 2 anos.<br />
<br />
A Nicole não gostava de roupas ou sapatos, ela tirava tudo, e ela gostava de correr para o jardim, gostava de colocar terra na boca, era uma criança "sapeca", e eu já estudava, tinha que cuidar dela e ainda lavar louças, varrer casa Naquele tempo eu ficava com muita raiva de ter que trabalhar tanto, eu queria brincar, só isto ...<br />
<br />
Quando eu ficava sozinha com ela em casa (e isto aconteceu varias vezes, inclusive a noite, era assustador) a minha paciência esgotava fácil, e covardemente eu batia nela quando<b> ela</b> fazia algo que não deveria. Houve uma vizinha (que mora ate hoje lá) que falou para minha mãe que a Nicole gritava muito e que talvez eu estava batendo nela, ela ate conversou comigo dizendo que eu não deveria fazer isto, eu me lembro de ter sentido vergonha.<br />
<br />
Eu me lembro também que eu batia nela e ela reagia e gritava, e ai eu batia mais para que ela parasse de gritar, e a única coisa que eu sentia quando estava batendo era vontade de bater mais.<br />
Claro que eu nunca tentei matá-la, e nunca passou por minha <b>desequilibrada cabeça</b> fazer algo tão criminoso, eu batia, mas nunca quebrei um osso dela ou a queimei, nunca bati nela com objetos, eu usava as mãos para bater e gritava muito com ela quando não a batia. Lógico que eu batia nela quando não havia nenhum adulto, e como vivíamos em um total abandono, isso acontecia com uma certa frequência.<br />
<br />
O meu outro irmão mais novo dos meninos também batia em mim e nela, e houve duas situações que me fizeram despertar para a crueldade que eu fazia quando batia nela:<br />
<br />
A <b>primeira</b> foi quando eu vi este meu irmão batendo na Nicole, ela já estava com uns 5 anos e eu 9, meu irmão 10 anos de idade. Eu vi por <b>outro ângulo</b> como ela ficava ao apanhar, e eu fiquei revoltada e fui ajuda-la, apanhei dele também, mas eu a salvei daquela violência.<br />
A partir deste ponto, e nem um dia antes, eu senti vergonha de bater nela e senti muita piedade da criança que ela era, da sua fragilidade, e de como eu estava sendo cruel com ela. Naquele ponto eu prometi para mim mesma que eu não iria mais bater nela, nunca mais. Porem, eu bati, ela aprontava e eu batia, mas não como antes, eu tinha consciência, batia para corrigir ou controlar as suas peraltices (eu aprendi na pele que se bate para corrigir e aplicava nela o sistema maldito). Antes eu não me importava de bater nela, eu não me importava de gritar muito com ela, de coagi-la com ameaças<span style="color: #f1c232;">.<span style="color: #45818e;"> <span style="color: #134f5c;"><span style="color: red;"><span style="color: black;"><b><i>Vejam como eu sozinha despertei para me corrigir</i></b></span>. </span></span></span></span>Eu lutei muito contra o meu temperamento já naquele ponto de minha vida, lutei para nunca mais prejudicar a minha irmã, mas quando eu ficava irritada eu ira para porrada ate com meus irmãos, e lógico eu apanhava muito, mas eu batia.<br />
<br />
A<b> segunda</b> foi quando fomos visitados por uma amiga da minha mãe, que trouxe uma<b> neta</b> que tinha mais ou menos a idade da Nicole, a menina estava vestida com um vestido lindo, cheio de bordados, com sapatos brancos e meias de renda branca, laços no cabelo e uma bolsinha charmosa de renda, própria para crianças.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimT27UcTlZajUGwFJl2K9t-8LO_urg-e4T9Y5I25taoXqpc5e6nzY9ppwH4bY526znwHlvLYDz_lLh-p2TTmV8MgnuFx-MWMn1bz9OzDiwwH3b4pNCQEYtVfleQqtxmefYKUCbEeRBLFk/s1600/damahonra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimT27UcTlZajUGwFJl2K9t-8LO_urg-e4T9Y5I25taoXqpc5e6nzY9ppwH4bY526znwHlvLYDz_lLh-p2TTmV8MgnuFx-MWMn1bz9OzDiwwH3b4pNCQEYtVfleQqtxmefYKUCbEeRBLFk/s320/damahonra.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Google Imagens</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Os adultos não estavam, eles nos deixaram por uma tarde inteira. Meus irmãos era crianças cruéis mesmo: primeiro eles começaram a fazer comparações entre nos, as irmãs deles e a menina bem vestida; eles disseram que ela era muito linda, de pele e cabelos lindos, que tinha roupas lindas e que nos as irmãs éramos ridículas e parecidas com índias, e que a menina parecia uma princesa. Ai eles continuaram as provocações, e a menininha era bonitinha mas <b>abusada</b>, e começou a puxar os cabelos da Nicole e meus irmãos não impediram ao contrario, estimularão as duas para brigar ainda mais.<br />
<br />
Eu era mais velhas que as duas e sabia que se eu batesse na menina eu ia apanhar de pau, eu apenas empurrei a menina que estava em cima da minha irmã, mas ela voltava a bater, pois meus irmãos entregavam a Nicole para apanha de novo.Voces acreditam que os irmãos mais velhos estavam presente e que eles se
divertiam com as brigas? eles riam e estimulavam para continuar a
covardia.<br />
<br />
Eu implorei para que eles parassem, implorei para eles impedirem que a menina batesse na nossa irmã, eles não atendiam. A menina bateu na Nicole, ela era mais forte, e a Nicole era subnutrida, frágil, magrinha. Eu assisti isto e lembro da cara de cada um dos meus irmãos se divertindo, lembro dos detalhes da roupa da menina, lembro da Nicole apanhando, lembro das inúmeras comparações humilhantes que eles fizeram.<br />
<br />
Eu não apanhei, mas fui tão humilhada tanto quanto a Nicole e lembro principalmente dos <b>sentimentos</b> que invadiram meu ser: e<i>u já tinha 13 anos, meus irmãos já tinha um certo medo de mim, pois eu já havia denunciado o meu pai e meu irmão mais velho, eu já não era tão frágil, eles não me batiam mais, mas eles me humilhavam, sempre que tinha oportunidade, geralmente dizendo que Nicole era mais bonita e eu uma índia, com cabelo de flechas</i>.<i> Enfim, eu senti muita <b>raiva </b>dos meus irmãos, e vi que eles sempre destruíam os meus sentimentos e naquele momento estava destruindo a Nicole também</i>. <i>Senti vontade de proteger a Nicole deles, daqueles vagabundos cruéis.</i> <i>Senti que eu era cruel com a Nicole, senti <b>vergonha</b> mais uma vez ao lembrar que batia nela, fazia ela chorar, fazia ela sofrer. Eu nunca mais toquei nela para bater desde então, me limitava a gritar, mas bater nunca mais mesmo.</i><br />
<br />
Eu não poderia descrever outros fatos, pois não me lembro muito bem, lembro mesmo são destes fatos que descrevi, que deve lembrar de outros fatos é a própria Nicole, pois o ditado popular é verdadeiro:<b> <i>quem apanha nunca esquece.</i></b><br />
<br />
Eu lamento tanto pela criança cruel que me tornei, lamento pela busca de excitação sexual que busquei na minha irmã, ensinando-a e ate obrigando-a a me beijar e tirar a roupa para se esfregar. <br />
Agradeço ao Deus e aos ensinamentos de catecismos das freiras, que entraram no meu coração ah tempo para eu não me tornar uma pessoa adulta maléfica.</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-63287984153714998472013-08-20T00:00:00.003+02:002015-09-01T08:51:17.531+02:00A ira de um anjo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
No Facebook, em um grupo que trata de abuso sexual de crianças e adolescentes, encontrei uma postagem que citava o vídeo <a href="http://www.youtube.com/watch?v=8Bp-cgUQpbk" target="_blank"><span style="color: blue;">A Ira de um Anjo</span></a>, um documentário sobre uma menina, que sofreu abuso sexual.</div>
<div style="text-align: justify;">
O documentário fala de uma menina e seu irmão, que foram adotados por um casal de Pastores Metodistas, nos Estados Unidos. A menina era mais que agressiva, era sádica, uma "serial killer" em potencial.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi24i4pUwDbFNR65HXkYS_dx-bsQ-9ge86jIWC0Xlf0Zsb6F05Iw6SH1oBk0BKeL2IA_o3uNdGGtcdhAEZhl4vg-klZw-UkhGvsIz-8nXwLHQ6tF0ZQ4MFOT6Wr2_2XtjiYAY_bmc3DoCQ/s1600/300x210.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi24i4pUwDbFNR65HXkYS_dx-bsQ-9ge86jIWC0Xlf0Zsb6F05Iw6SH1oBk0BKeL2IA_o3uNdGGtcdhAEZhl4vg-klZw-UkhGvsIz-8nXwLHQ6tF0ZQ4MFOT6Wr2_2XtjiYAY_bmc3DoCQ/s1600/300x210.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Google Imagens</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Buscando respostas para tais comportamentos, descobriram no abrigo de onde as crianças vieram, que ela foi abusada sexualmente pelo pai ate os 18 meses de vida, isto é, na <b>primeira infância</b>. Além dos abusos, houve violência, negligência, abandono.<br />
<br />
Assista, voce vai entender melhor, assista também o filme <a href="http://www.youtube.com/watch?v=MF_RpfvA1uY" target="_blank"><span style="color: blue;">A ira de um anjo o Filme</span></a><span style="color: blue;">.</span><br />
<br />
Foi mais um "retalho" para a minha "Colcha de Retalho", mais uma peça do "quebra-cabeça" que compõe minha historia. <span style="color: red;">(agora, em agosto de 2015, vejo a verdade do que eu escrevi aqui <a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.de/2015/08/abuso-emocional-voce-entende-o-que-e.html" target="_blank">Abuso emocional voce entende o que é?</a>)</span><br />
<br />
O meu comportamento agressivo em certas situações, como já citei eu outros textos, tem sido um transtorno em minha vida como um todo. Eu estou tentando<b> me</b> entender e conseguir abandonar este comportamento desajustado, para finalmente ter uma vida normal, na medida do possível.<br />
<br />
O caso da menina no documentário eh extremo, pois ela foi abusada na <b>primeira infância</b>, isto eh, a base do desenvolvimento físico, emocional, relacional e comunicativo, além do desenvolvimento intelectual e social. <br />
<br />
Se esta criança, em seus primeiros anos de vida, sofreu tanta violência, ela acaba aprendendo tudo errado, desenvolvendo-se em um ambiente doentio e violento, isento de AMOR, logo, esta criança simplesmente não sabia amar e tão pouco sentir amor por qualquer ser, seja pessoas, plantas ou animais. E a pior das consequências, eh a vontade de ferir ou de matar, sem sentimento piedade ou culpa. <br />
<br />
No meu caso eu já tinha 4 anos de idade, eu havia passado pelo processo de desenvolvimento da primeira infância, de forma digamos, normal. Eu não era um bebezinho de colo, eu havia conhecido o amor dos meus familiares, a primeira menina, no meio de 4 meninos. Eu falava, brincava, conhecia meus irmãos e meus pais, e confiava neles, pois aprendi isto.<br />
<br />
É possível duvidar de que a minha <b>família</b> realmente <b>mudou</b> somente depois dos meus 4 anos, é possível supor que já acontecia "algo" de errado, eu apenas não consigo lembrar, e isto eu acho que nunca saberei.<br />
<br />
Lógico que eu não quero me comparar a <i>menina do documentario</i>, mas encontrei sim um paralelo entre minha agressividade e a dela. Encontrei também o mesmo paralelo para o medo da noite e para os sonhos repetidos ao longo de minha vida, o sonho do meu irmão entrando no meu quarto e me violando. Encontrei uma resposta para a minha agressividade sobre a minha irmã, uma explicação mais detalhada do que leva uma criança agredir outra.<br />
<br />
No texto <a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.com.br/2013/05/outra-consequncia-outro-abuso-outra-dor.html" target="_blank"><span style="color: blue;">Outra consequencia, outro abuso, outra dor </span></a>que eu escrevi neste blog, falo abertamente do meu comportamento inadequado perante minha irmã mais nova 4 anos que eu. Descrevo como convenci ela a me beijar na boca e até se esfregar para sentir excitação, entretanto, não falei que eu batia nela, gritava e assustava-a. Eu não quis omitir isto, apenas ainda não estava preparada para falar sobre este ponto, pois eu me lembro tão bem do que eu fiz que sofro duramente por saber que no posso consertar mais.<br />
<br />
(continuo em <span style="color: blue;"><a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.com.br/2013/09/a-ira-de-um-anjo-continuacao.html" target="_blank">A ira de um anjo - continuacao</a></span>)</div>
<br />
<br /></div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-34861690457822722782013-08-14T17:14:00.001+02:002015-09-01T08:49:09.866+02:00Exame de virgindade!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Havia passado uns 40 dias, depois que eu fiz a denuncia de abuso sexual para minha mãe (escrevi <a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.de/2013/03/querido-pe-joao-resolvi-dizer-lhe-sobre.html" target="_blank">aqui</a> essa parte da minha história).</div>
<div style="text-align: justify;">
A minha mãe teve tempo suficiente para pensar sobre o assunto e até mesmo para tomar alguma decisão. Eu estava longe dela, assim como ela quis. E eu estava voltando para casa, como seria daqui por diante?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não consigo imaginar o que ela estava sentindo ao me esperar, foram muitos dias longe, nunca tinha acontecido, será que ela sentiu saudade? será que ela havia preparado algo para me dar boas vindas? será que ela havia tomado alguma decisão que me favorecesse?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seja o que for, o que minha mãe planejou para me receber quando eu voltasse de viagem, ela <b>mudou</b> tudo depois de <b>ouvir </b>o desabafo da minha tia, que segurou durante todos os dias da viagem. Minha tia sempre foi muito boa com as crianças, em geral, e ela foi incapaz de gritar ou me bater em resposta ou meu mal comportamento. Foi na minha mãe que ela descarregou, e de certa forma ela foi corretíssima, a final a minha mãe era responsável por mim, pela minha educação, e era a minha mãe que deveria me corrigir. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Minha mãe estava com 38 anos na época, mãe de 8 filhos, dona de casa, esposa de um mecânico que trabalhava por conta própria e por tanto ganhava dinheiro apenas quando era chamado. As vezes, meu pai ficava semanas sem serviço e semanas esperando a boa vontade para receber o dinheiro do serviço, pois havia clientes que eram mal pagadores.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Passávamos necessidades e privações, éramos muitos para alimentar, vestir e calçar, mesmo sem ter que pagar aluguel, as despesas eram altas, ainda tinha luz e água. Eu me lembro da inflação nos preços daquela época, o povo era massacrado, a cada dia havia reajustes de preços.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Olhando por este aspecto eu consigo entender porque minha mãe foi tão covarde. Ela ficou tão apavorada só de imaginar a falta que ia fazer o dinheirinho do papai. Nos tempos de <b>inflação </b>ninguém conseguia ser tão caridoso ao ponto de ajudar criar 8 crianças.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então ela achou melhor <b>me massacrar</b>, <b>me</b> <b>punir</b>, e o que a minha tia falou para ela (veja no texto: <span style="color: blue;"><a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.com.br/2013/08/praia-do-futuro.html" target="_blank">Praia do Futuro</a></span>), aumentou mais a convicção de que <b>EU</b> era mesmo uma menina pervertida e safada.<br />
<br />
Minha mãe, ao invés de me receber com um abraço, me recebeu com um pedaço de madeira para me dar outra surra, pois eu havia envergonhado-a, ela se sentiu humilhada por minha tia, e o ponto que ela mais sustentou sua raiva foi o fato de que minha tia falou que eu andava <i>procurando homem</i>, mesmo sendo ainda uma criança.<br />
<br />
E minha mãe me bateu muito, e queria arrancar de mim <i>a verdade</i>, ela queria saber seu eu havia tido relações sexuais com alguém lá em Fortaleza. Ela apenas me batia com raiva e me perguntava porque eu não ajudei a minha tia, porque eu estava "querendo homem". E ela não deixou este assunto entre nos duas, ela falou para todos os filhos e para o meu pai também.<br />
<br />
Olha que crueldade desta mulher!!! Ela me expôs perante os meus opressores (o meu pai e meu irmão mais velho), ela falou para todos que eu <i>andei atrás de homem</i> e que ela ia me levar para um médico dizer se eu ainda era virgem ou não (<span style="color: red;">não é muito fácil lembrar disto eu estou transtornada de raiva</span>). Ela falava perante todos como se o que eu havia denunciado não existia, o que existia era apenas o meu mal comportamento na viagem e a minha safadeza de querer homens.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbXXnVdYfzKShXF8bjkStBr5XiiRKH3c9RygRvMXtWL66DztGlITEz0SBOa4st5rb5VlegZCYTsYm9ihqSJeZN8vgGQCFZbJlatmzShHWLvpjr8RYcIcMrCDvqHHHRfPABfSpPMKfHYGk/s1600/gine.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbXXnVdYfzKShXF8bjkStBr5XiiRKH3c9RygRvMXtWL66DztGlITEz0SBOa4st5rb5VlegZCYTsYm9ihqSJeZN8vgGQCFZbJlatmzShHWLvpjr8RYcIcMrCDvqHHHRfPABfSpPMKfHYGk/s1600/gine.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Google Imagens</td></tr>
</tbody></table>
E ela me levou a um ginecologista, levou para ele dizer se eu ainda era virgem!!!<br />
<br />
Minha mãe me fez sofrer de ansiedade até o dia da consulta ao ginecologista, ela ficava me perguntando, me ameaçando para eu falar a verdade, e prometendo me encher de pauladas se descobri que eu não era mais virgem. Eu desejava que o dia da consulta chegasse logo, pois eu não agüentava mais o suspense. Eu sabia que eu não havia tido relações sexuais com ninguém em Fortaleza, mas eu tinha dúvidas em relação aos abusos sexuais que fui submetida, eu tinha dúvidas se durante os abusos eu havia perdido a virgindade. Afinal eu nem sabia exatamente o que era virgindade.<br />
<br />
Eu lembro do desconforto de ter que tirar a roupa, deitar nua (só com a bata) de pernas abertas numa sala com 2 homens, o médico e o enfermeiro, e ouvindo a minha mãe perguntar insistentemente se eu ainda era virgem. A primeira visita à um ginecologista pode ser muito traumatizante para uma menina, e da forma que foi a minha, eu nem entendo porque eu sou tão equilibrada.<br />
<br />
Eu me lembro de um olhar que eu troquei com o médico, ele parecia querer falar comigo, me ouvir, mas ele viu que minha mãe era muito ignorante e cheia de razão, ele nem tentou. Falou que eu tinha uma infecção e que a virgindade ainda esta lá. Ele questionou a minha mãe o porque da dúvida, afinal eu ainda nem menstruava, e ela só falou da minha safadeza em Fortaleza, não falou do meu pai e do meu irmão.<br />
<br />
Aliás, acho que naquela altura ela havia "apagado" este fato para acreditar apenas que eu era safada e que talvez eu <b>não era vitima</b>, <b>mas uma sedutora</b>. <br />
<br />
Ate hoje me pergunto se o médico falou isso para me salvar da minha mãe. Nos anos 80, uma mãe tinha o direito de expulsar a filha de casa, de espancar, talvez matar, se não fosse mais virgem.<br />
<br />
Eu mesma não sabia se eu era virgem, eu não sabia o que era exatamente ser virgem, nem havia completado 13 anos, mas eu sabia que quando chegasse a menstruação eu corria um sério risco de engravidar, com ou sem penetração, bastava eles me "molharem".</div>
</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-19308122159070909192013-08-04T15:18:00.001+02:002015-09-01T08:45:05.057+02:00Praia do Futuro<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div id="yui_3_7_2_29_1373288695320_59" style="text-align: justify;">
O texto <a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.com.br/2013/07/fortaleza-ceara.html" target="_blank">Fortaleza - Ceara</a> deste blog esta incompleto. Esta perto de completar um mês, e eu ainda não o conclui. Trata-se de uma passagem muito dolorosa e traumatizante. Eu também fiquei doente nestes dias e tudo foi motivo para atrasar.<br />
<br />
Eu ainda não estou pronta, mas já esta perto ...<br />
<br />
(...)<br />
<br />
Então, era uma turma grande: minha tia, seus dois filhos Claudia de 4 anos e Claudio de 2 anos; a cunhada da minha tia que era solteira; a outra cunhada e seu esposo, e os dois filhos Vittorio de 5 anos e Victor 1 ano e meio.<br />
<br />
Eu estava com 12 anos e faltava muito pouco para os 13, e estava ainda sob o efeito dos acontecimentos daqueles dias: lembra? a denuncia que eu havia feito para minha mãe.<br />
<br />
A minha tia não sabia de absolutamente nada, e mesmo que eu fosse acostumada a frequentar a casa dela, passar finais de semana e feriados, ela não teria recursos para perceber que havia algo de errado comigo. E como todos dizem que os pré-adolescentes são seres difíceis, talvez ela partiu desde pressuposto para concluir porque eu havia ficado rebelde durante os dias da viagem.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGMXCIlCWWm-9j00IIOW6DmEZus2_9QTe_3QmxnIVPLZVhhBcj9V2S0C39En6cm8oQhbEczr_Lmlna5gLTPrBb6NrcgqmeCF2_qYNL-_6Z86HcbzC0zcRkTvYMutwFm0F0ASZfQQ1Mfvo/s1600/caranguejo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGMXCIlCWWm-9j00IIOW6DmEZus2_9QTe_3QmxnIVPLZVhhBcj9V2S0C39En6cm8oQhbEczr_Lmlna5gLTPrBb6NrcgqmeCF2_qYNL-_6Z86HcbzC0zcRkTvYMutwFm0F0ASZfQQ1Mfvo/s1600/caranguejo.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Google Imagens</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: red;"> (eu nunca havia visto um caranguejo, e fiquei encantada vendo-o saindo de buracos na areia)</span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Aconteceu que ela precisava que eu <b>a</b> ajudasse com seus os dois filhos, e eu não gostei muito, aliás, não gostei nada nada. Sempre que eu ia para casa dela, havia 1 ou 2 empregadas para fazer tudo, e lá eu só brincava. Na viagem eu queria fazer a mesma coisa: <i><b>brincar</b></i>.<br />
<br />
Porém, ela precisava de ajuda mesmo, todos estavam de férias, e todos tinham empregadas em casa, e na praia não tinha empregada, eram elas próprias que tinham que cozinhar, limpar a casa, lavar roupas e cuidar das 4 crianças pequenas que foram para a viagem, e de mim, meio criança meio adolescente.<br />
<br />
Hoje eu vejo assim, mas na época eu entendi tudo errado, fiquei revoltada porque tinha obrigações de ajudar a cuidar dos somente dos meus dois primos. <br />
<br />
Eu fui injusta, e minha tia ficou estressada. Ela não conversou comigo, o que foi uma pena, ela foi ficando furiosa com cada atitude minha, cada ''mal criação'' que eu dizia. Sabe, eu nunca fui mal criada com ninguém, sempre fui muito submissa para todos: familiares, professores, desconhecidos e até para outras crianças. Estava acontecendo mudanças sérias em mim, em meu comportamento perante outras pessoas, eu estava mudando muito rápido, uma verdadeira pré-adolescente problemática, e a minha tia foi que pegou os ''ensaios iniciais''. <i><b>A minha mãe colocou uma bomba na mão da minha tia e não falou nada para ela.</b></i><br />
<br />
Naquele retiro espiritual que cito no texto <span style="background-color: white;"><span style="color: blue;"><a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.com.br/2013/07/por-que-voce-esta-chorando.html" rel="nofollow" target="_blank">Por que voce esta chorando?</a> </span>eu havia chorado muito, muito mesmo, e vocês não podem imaginar o quanto! Eu não sei o que significa, psicologicamente falando, chorar tanto depois de uma tortura que durou 8 anos, e principalmente quando se trata de uma criança, e criança esta, que segue para a adolescência. E depois de tanto chorar eu me sentia outra, gradativamente ia entendendo, <b>SOZINHA</b>, que eu havia me livrado dos momentos de abuso</span><span style="font-size: xx-small;">(*)</span>, entendendo que eu era forte para mudar, para acusar, mesmo sem credibilidade, eu podia me proteger.<br />
<br />
Foi ai que eu apliquei esta minha força para se rebelar contra minha amável tia. Eu sinto tanta vergonha do que eu fiz. Eu não queria ajudá-la, eu não queria calçar os sapatos nos meus primos, eu queria que eles mesmos calçassem, ..., ai que preguiçosa eu fui. <br />
<br />
Eu não queria reparar o Cláudio para que ele não fosse para o mar ou caísse de uma cadeira, lembrando agora, posso dizer que ele era mais comportado que o meu filho, ele era bem docinho, eu que estava possuída de preguiça e revolta. A Claudia já era crescidinha, não dava o menor trabalho, brincava sozinha ou com o primo Vittorio, essa dupla era dose de elefante, os dois mimadinhos brincavam e brigavam ao mesmo tempo, e eram cheios de vontades, mas não me causavam problema nenhum, somente aos seus pais que tinham sempre que acalmá-los.<br />
<br />
O problema não ficou só nisso.<br />
<br />
Fizemos uma visita na casa de uma família que eram amigos da minha tia e das cunhadas dela. Eu não me lembro muito bem, mas lembro que tinha o casal e seus 3 filhos: uma moça de 16 anos, muito linda, e seus 2 irmãos, eles pareciam ter mais de 18 anos, tinha um feio e um bonito, hehe. E eu lógico, fiquei de olho no bonito, hehe. Eu não tinha nem seios, eu não menstruava, era realmente uma criança, mas madura para a minha idade, amadurecida a dura penas. Eu já pensava romanticamente em ter um namorado, e podia ser ele, afinal ele olhou para mim, e de certa forma ele me cortejou. <br />
<br />
La no Nordeste do Brasil as coisa são seria mesmo, imaginem eu nem tinha ''peito'', o que este menino se interessou por mim. Lá tem casos de meninas se relacionarem sexualmente muito cedo, antes mesmos de menstruar, e sem o uso da violência ou sedução, uma espécie de namoro mesmo, e ao final até se 'casam'. <br />
<br />
Minha tia que não era boba percebeu, e ai ela já estava desgastada com meu péssimo comportamento, e para ela foi a gota d'água. Ela ficou me observando para que eu não ficasse a sós com o 'gatinho'. Ela não me brigou, não gritou, não me bateu, nem mesmo falou de suas suspeitas em relação ao meu interesse pelo rapaz. Porém, quando ela chegou em <b>Manaus</b>, ao me entregar para minha mãe, sem a minha presença, ela descascou o abacaxi ...<br />
<br />
<br />
(*)<i> havia acabado somente o abuso sexual físico, depois, por anos, sofri abuso sexual visual e verbal. (<span style="color: red;">hoje, em agosto de 2015, eu acrescento o abuso emocional</span>)</i><br />
<br />
Ainda não acabei essa história, por favor aguardem o próximo texto.<br />
Maria Flor<br />
(tem a conclusão em <a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.de/2013/08/exame-de-virgendade.html" target="_blank">Exame de virgendade</a> )</div>
</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-58271439812416745382013-07-22T18:22:00.002+02:002015-09-01T08:44:34.058+02:00Tem outras criancas sofrendo, diferente, mas sofrendo. O que vamos fazer?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Domingo eu assisti o Fantástico da Rede Globo<a href="http://globotv.globo.com/rede-globo/fantastico/" rel="nofollow" target="_blank"> ( http://globotv.globo.com/rede-globo/fantastico/</a>), e a matéria que mais me chamou a atenção foi: </div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://globotv.globo.com/rede-globo/fantastico/t/edicoes/v/hospitais-investem-em-super-herois-no-tratamento-de-criancas-com-cancer/2706392/" rel="nofollow" target="_blank">Hospitais investem em 'super heróis' no tratamento de crianças com câncer</a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acreditem, me senti muito "pequena" diante de tanta dor e sofrimento por parte destas crianças e destes pais ou profissionais da saúde que lutam diariamente contra o Câncer.<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh62vbPIzAcV6-AQBGutTyGcNNf_WQHhSEBPjGlCeFnJMaXwwuSOrU07kJOX-kYi1rjG5NFTWeDNv2-F18OMALrHKLtl6goCzNASzj1-NNkYdJKjB3Xw9TUuHRKnCM6nEnkpfwfRNLNYfE/s1600/graacc.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="Google Imagens" border="0" height="174" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh62vbPIzAcV6-AQBGutTyGcNNf_WQHhSEBPjGlCeFnJMaXwwuSOrU07kJOX-kYi1rjG5NFTWeDNv2-F18OMALrHKLtl6goCzNASzj1-NNkYdJKjB3Xw9TUuHRKnCM6nEnkpfwfRNLNYfE/s320/graacc.jpg" title="Google Imagens" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Google Imagens</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Também é muito benéfico nos percebermos o sofrimento dos outros, percebermos que não estamos sozinhos amargando uma dor. Nós conseguimos sentir menos o que nos incomoda e começamos a diminuir a importância que nosso trauma nos submete.<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
E então descobrimos um outro caminho para viver, um caminho em que podemos acreditar em nos mesmos e acreditar que podemos fazer o bem para outras pessoas. Eu quero ajudar, eu quero servir, eu quero que meu trabalho seja o alivio de outras pessoas que sofrem HOJE.<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu voltei a trás, no passado, para entender melhor <b>o que sou HOJE, </b>para achar a solução de meus problemas relacionais e emocionais. Eu quero ser transparente, límpida, verdadeira primeiramente com meu esposo e meu filho. Eu não quero que o trauma que vivi <b>ainda</b> seja o indicador dos caminhos que eu devo tomar. Eu não quero mais ser agressiva ou ansiosa, ter síndrome do pânico ou ter depressão, eu quero confiar nos outros um pouco mais. Seria uma situação ideal, mas para atingir eu tenho que trabalhar muito, buscar ajuda de um profissional de psicologia, e acima de tudo acreditar em mim, na minha força.</div>
<div style="text-align: justify;">
Maria Flor</div>
</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-37859984283288320762013-07-19T02:00:00.000+02:002015-09-01T08:43:32.071+02:00O acordar de uma Flor<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h2 class="date-header" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">O post <i>Abu<span style="font-size: small;">s</span>o sexual, consequencias e como ajudar as vitimas</i>, publicado no blog Psicologia e Adocao no dia 14 de abril de 2010, foi o meu primeiro <span style="font-size: small;">e definitivo "despertar para a realidade", para minha realida<span style="font-size: small;">de de vitima<span style="font-size: small;"> de abuso.</span></span></span><span style="font-size: small;"> </span></span></span></h2>
<h2 class="date-header" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: small;">O texto </span></span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: small;">é realmente longo, mas não mais lo<span style="font-size: small;">ngo que os anos que pass<span style="font-size: small;">ei sufocando as recordacoes <span style="font-size: small;">e sofrendo as consequencias desta negacao.</span></span></span> </span></span></span></h2>
<h2 class="date-header" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: small;">Acredito q<span style="font-size: small;">ue se eu <span style="font-size: small;">tive<span style="font-size: small;">sse <span style="font-size: small;">lido-o <span style="font-size: small;">quando eu tinha meus 12 anos, tudo teria sido diferente, <span style="font-size: small;">pois eu saberia que eu tinha direito<span style="font-size: small;"> a p<span style="font-size: small;">rotecao, da justica ou da sociedade, ja que a minha f<span style="font-size: small;">amilia nao o fazia. Inclusive <span style="font-size: small;">a<span style="font-size: small;"> organizacao dos meus sentim<span style="font-size: small;">entos e entendimento do que eu vivi<span style="font-size: small;"> foram bas<span style="font-size: small;">iados neste texto,<span style="font-size: small;"> de onde eu <span style="font-size: small;">encontrei <span style="font-size: small;">uma or<span style="font-size: small;">dem de ideias e <span style="font-size: small;">pude escrever<span style="font-size: small;"> os emails para o Pe. Jo<span style="font-size: small;">ao, e muito mais que isto, pude fazer uma reuniao de familia<span style="font-size: small;"> e encarar os meus agressoes<span style="font-size: small;">, e </span> exigir deles <span style="font-size: small;">que nao se repita com<span style="font-size: small;"> as sobrin<span style="font-size: small;">has e netas.</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></h2>
<h2 class="date-header" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;">Boa leitura! </span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span> </h2>
<h2 class="date-header" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">A fonte deste texto </span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">é de Claire et Jacques Poujol </span>- www.relation-aide.com, traduzido por Mirian Giannella – <a href="http://giannell.sites.uol.com.br/" rel="nofollow" target="_blank">http://giannell.sites.uol.com.br/</a> </span></h2>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-size: small;"></span> </div>
<h2 class="date-header">
<span style="font-size: small;"></span></h2>
<h2 class="date-header">
</h2>
<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name">
Abuso Sexual, Consequências e como Ajudar as Vítimas
</h3>
<div class="post-header">
</div>
<div align="justify">
Vamos entender melhor a dinâmica do abuso sexual
para que possamos ajudar pessoas, crianças e adultos, que já passaram
por essa experiência. Sabemos também que crianças desamparadas podem ser
vítimas em potencial, mas podemos conhecer melhor o assunto para buscar
ajuda consistente.</div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGxxHNR_7JB9lMSa5Ul6krbR4bMyNenbHEhsdIdG7JbI68RrcT5s8aCixYbSCevJmXKk_-dIvKmbfnfTFRi_Vu4raUW9ql2WpBqmYCdkZh78KMA2mHk5d6ALd51PF1RgSUr0ZCcl9D7tk/s1600/untitled20.bmp"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5460118588879813874" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGxxHNR_7JB9lMSa5Ul6krbR4bMyNenbHEhsdIdG7JbI68RrcT5s8aCixYbSCevJmXKk_-dIvKmbfnfTFRi_Vu4raUW9ql2WpBqmYCdkZh78KMA2mHk5d6ALd51PF1RgSUr0ZCcl9D7tk/s320/untitled20.bmp" style="cursor: hand; display: block; height: 320px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 257px;" /></a><span style="font-size: 85%;">Abuso sexual é crime e deve ser deunciado, única forma de salvar a vítima da repetição! Ligue: 100 ou 181.</span><br />
<br />
<div align="justify">
Compreender melhor o abuso sexual, suas consequências e como ajudar uma vítima a sair da repetição. </div>
<br />
O
artigo que segue foi inicialmente escrito por Jacques e Claire Poujol,
conselheiros conjugais e familiares, para o uso de terapeutas, psis e
conselheiros. Útil para todos os profissionais da ajuda (assistentes
sociais, médicos, etc.) mas, também, para as próprias vítimas, este
texto permite compreender melhor o abuso sexual, suas consequencias e
como ajudar uma vítima a sair da repetição.<br />
<br />
Que o saiba ou não,
algum próximo já sofreu e se tornou vítima de abuso sexual. E se for um
psi, perceberá logo que várias dificuldades de muitas pessoas encontram
aí a sua origem. Para estes homens e estas mulheres mortificados, haverá
sempre “antes” e “depois” do abuso.<br />
<br />
A nossa sociedade prefere
ignorar este problema, atenuar a gravidade, ou mesmo negá-la totalmente.
Ou então, cheio de boa vontade, mas também de incompetência, propõe-se
às vítimas “soluções” que fazem apenas agravar o traumatismo sofrido.<br />
<br />
Respondemos neste artigo às perguntas:<br />
<br />
• O que se entende por abuso sexual?<br />
<br />
• Por que a vítima tem tanta dificuldade para falar do que sofreu?<br />
<br />
• Quais estragos o abuso sexual provoca?<br />
<br />
• Como ajudar a vítima a sair da repetição?<br />
<br />
• Quem são os abusadores?<br />
<br />
• O que se entende por abuso sexual?<br />
<br />
<b>1. Um constrangimento ou um contato</b>Um
abuso sexual é qualquer constrangimento (verbal, visual ou psicológico)
ou qualquer contato físico, por qualquer pessoa que se serve de uma
criança, adolescente ou adulto, com o propósito de uma estimulação
sexual, a deles ou a de uma terceira pessoa.<br />
<br />
Contato físico é,
certo, mais um grave que um constrangimento verbal. Mas é necessário
saber que qualquer abuso constitui uma violação do caráter sagrado e da
integridade da pessoa humana e provoca sempre um traumatismo.<br />
<br />
O
constrangimento verbal designa: uma solicitação sexual direta; o uso de
termos sexuais; a sedução sutil; a insinuação. Tudo isto em relação a
uma pessoa que não o deseja ouvir.<br />
<br />
O constrangimento visual
refere-se: ao emprego de material pornográfico; ao olhar que insiste
sobre certas partes do corpo; ao fato de se despir, de se mostrar nu, ou
de praticar o ato sexual à vista de alguém. Aqui também, sem que a
pessoa o deseje.<br />
<br />
O constrangimento psicológico designa: a
violação da fronteira entre o relacional e o sexual (um interesse
excessivo pela sexualidade de seu filho/a) ou entre o físico e o sexual
(lavagens repetidas; um interesse muito marcado pelo desenvolvimento
físico de um adolescente).<br />
<br />
O contato físico pode ser: bastante
grave (beijar, contato do corpo através das roupas, que seja pela força
ou não, com ou sem pressão psicológica ou afetiva), grave (contato ou
penetração manuais; simulação de relações sexuais, contato genital, com
ou sem violência física), ou muito grave (violação genital, anal ou
oral, obtida de qualquer maneira que seja, pela força ou não).<br />
<br />
<b>2. A estratégia do abusador</b>Um
abuso não é o fato do acaso por parte de quem o comete. Sendo um
perverso, este premedita e organiza a relação esperando o momento em que
seus fantasmas viciosos lhe parecerão realizáveis. A vítima ignora
naturalmente tudo isto. A estratégia perversa comporta em geral quatro
etapas:<br />
<br />
<b>a.</b> O desenvolvimento da intimidade e do caráter
confidencial, privilegiado, da relação. Esta fase, mais ou menos longa
(de algumas horas ou anos), visa a colocar em confiança a futura vítima
que não duvida de nada.<br />
<br />
<b>b.</b> Uma interação verbal ou um contato
físico aparentemente “adequado” com a pessoa que vai ser abusada
(confidências de caráter sexual, carícias nos cabelos, abraços
amigáveis). A pessoa não tem medo, por que: em 29% dos casos, seu futuro
abusador é um membro da família, em 60% dos casos um familiar ou amigo.
Apenas 11% dos abusos são cometidos por um desconhecido.<br />
<br />
<b>c.</b> Uma interação sexual ou um contato sexual.<br />
<br />
É
a fase do abuso propriamente dito. Aqui, a vítima reencontra-se na
mesma situação que um coelho que atravessa uma estrada à noite e é
capturado pelos faróis de um automóvel: petrificado, paralisado,
siderado, incapaz de reagir, deixa-se esmagar pelo automóvel. O abusador
está consciente do que faz com sua vítima.<br />
<br />
<b>d. </b>A continuação do abuso e a obtenção do silêncio da vítima pela vergonha, culpa, ameaças ou privilégios.<br />
<br />
Este silêncio raramente é quebrado. O abuso permanece um segredo absoluto durante muito tempo, às vezes por toda a vida.<br />
<br />
Três
sobreviventes das irmãs Dionne, as famosas quíntuplas canadenses,
esperaram os sessenta e um anos para revelar, na sua biografia, que
tinham sido sexualmente agredidas pelo pai.<br />
<br />
Guardando o silêncio,
a vítima faz-se, contra a sua vontade, de cúmplice do abusador, uma vez
que a única coisa que ele teme é de ser denunciado. O fato de tornar-se
assim, bem involuntariamente, seu aliado, reforça o desprezo que tem
por si própria e a sua culpabilidade.<br />
<br />
Será uma das tarefas do psi
explicar que uma pessoa sexualmente abusada não é nunca culpada nem
responsável pelo abuso. Não podia adivinhar que as duas primeiras etapas
eram apenas uma estratégia do abusador.<br />
<br />
Deverá também dizer-lhe
que uma pessoa que está sob a dominação do abusador só faz parar os
abusos com a denúncia e revelando o que sofreu. Ora, falar, para ela, é
muito difícil, por várias razões. <b>Por que uma vítima tem tanta
dificuldade em falar do que sofreu?</b><br />
<br />
<b>1. Leva, às vezes, muito tempo para realizar que foi abusada</b><br />
O
tempo não conta para o inconsciente, ele está como que parado para a
vítima: é, na maioria das vezes, o aparecimento de sintomas como
depressão ou perturbações sexuais que a levará a deixar o seu sofrimento
emergir na superfície e aceitar falar. É o primeiro passo para a
cura.Mas falar deste traumatismo, tomar consciência desta verdade: “Fui
abusada”, pode ser um choque terrível. O conselheiro terá necessidade de
tato e de grande compaixão para deixar a pessoa descobrir por si mesma e
no seu ritmo, a amplitude do drama que viveu. Compreenderá a extrema
repugnância que provoca admitir que o seu corpo e a sua alma foram
devastados. Gostaria tanto de esquecer, não ter nunca vivido aquilo, que
vai se refugiar ocasionalmente na recusa: “Aquilo não pode ter me
acontecido.”<br />
<br />
A pessoa será incentivada a continuar a falar se
acreditarem no que diz (tem absolutamente necessidade de sentir que
acreditam nela) e se evitar certas frases destrutivas como:<br />
<br />
• - Ele cometeu só um erro, como fazemos todos.<br />
<br />
• - Aconteceu só uma vez, afinal.<br />
<br />
• - É tempo de virar a página.<br />
<br />
• - Já faz muito tempo que passou<br />
<b><br />2. Sente-se culpada</b><br />
Em seu foro íntimo, sem mesmo declarar abertamente, a pessoa pensa:<br />
<br />
• Sou também culpada?<br />
<br />
• Poderia ter evitado?<br />
<br />
• Colocado na minha situação, um outro teria podido se opor, se debater, fugir?<br />
<br />
O psi pode ir adiantando as perguntas que não ousa exprimir, dizendo:<br />
<br />
• Quem detinha o poder (parental, espiritual, moral, organizacional, físico, psicológico)?<br />
<br />
• Quem era o adulto? O marcador social? O referente?<br />
<br />
• Quem era o instigador, o organizador dos abusos?<br />
<br />
•
Quem poderia fazer cessar? Pode fazer-lhe compreender que a sua
culpabilidade está ligada à defasagem entre a vivência passada (e as
razões pelas quais a vítima não pôde impedir: a sua tenra idade, sua
ignorância, sua total confiança) e a sua vivência atual, quando já é
mais velha, menos ignorante, menos ingênua e já sabe se proteger.<br />
<br />
Crê-se
culpada porque olha os acontecimentos passados com os olhos do adulto
prevenido que é hoje. Ora, na época, não possuía defesas necessárias
para impedir o abuso.<br />
<br />
Separar-se do agressor<br />
Pode-se também ajudar-la a diferenciar o ponto fraco do qual se serviu o
perverso, por exemplo, uma necessidade de ternura completamente
legítima, uma confiança cega, e o crime que cometeu, se aproveitando
desta necessidade legítima de afeição ou da confiança, para saciar seus
desejos imorais.<br />
<br />
Desligar estes dois elementos é frequentemente
um momento de verdade e um alívio para a pessoa, que faz o seu segundo
passo para a cura quando não se sente mais responsável.<br />
<br />
Mas o
caminho será ainda longo até cicatrização da ferida. A precipitação e a
impaciência são os grandes inimigos do conselheiro (e do cliente) neste
domínio.<br />
<br />
<b>3. Falar pode custar-lhe caro</b><br />
Cada vez que a
pessoa abusada mergulha no horror do seu passado, deve pagar um preço
muito elevado. Tentando “esquecer” o abuso, virar a página, tinha
construído certo equilíbrio, por exemplo, com os seus parentes.<br />
<br />
Se
decidir fazer explodir a verdade, arrisca desorganizar este equilíbrio
fictício e suscitar pressões dos seus parentes. Encontra-se sempre
falsos “bons conselheiros” preocupados com sua própria tranquilidade e
pelo que dirão os defensores dos abusadores, que vão acusa-la de mentir
ou exagerar, de despertar o passado e incita-la-ão a esquecer, ou mesmo
“a perdoar”; o cúmulo é que corre o risco até mesmo de ser
responsabilizada pelo abuso.<br />
<br />
O psi deverá, então, apoiar,
incentivar e assegurar a sua proteção material e psicológica. Ajudá-la a
avaliar o preço da luta que deverá efetuar para sair do lamaçal do
abuso sexual e realizar que o seu desejo de sair do sofrimento será
ainda negado por aqueles que deveriam mais protege-la: a família ou os
responsáveis pelas instituições.<br />
<br />
É necessário notar que quando o
abusador faz parte de uma instituição, qualquer que seja, esta decide
frequentemente, por medo do escândalo, “acoberta-lo” e, por conseguinte,
permanecer na recusa do abuso, mais que reconhecer publicamente a
existência de um perverso sexual na instituição.<br />
<br />
Há um consenso
social de reprovação à pessoa que tem a coragem de remexer nestas coisas
imundas: que ela continue como morta viva, não é grave. O mais
importante, é que se cale.<br />
<br />
<b>4. Sofre de vergonha </b><br />
Sartre disse que
vergonha é “a hemorragia da alma”. Um abuso sexual marca a pessoa ao
ferro e fogo, a suja, a leva a esconder-se dos outros. A vergonha é uma
mistura de medo da rejeição e cólera para com abusador, que não ousa se
exprimir. [Sente-se culpada pelo crime até nomear o agressor e o crime e
a arma do crime. (N. da T.)]<br />
<br />
O sentimento justo que deveria
provar é a cólera. Provar este sentimento liberador ajuda-a a sair da
vergonha. É necessário, às vezes, tempo para que chegue a exprimir a sua
indignação face à injustiça que sofreu. Esta expressão da cólera poderá
fazer-se seja de maneira real, em frente ao culpado, ou, se não for
possível para a sua segurança pessoal, de maneira simbólica. Em todos os
casos cabe à vítima decidir.<br />
<br />
A vergonha está ligada ao olhar que
a vítima leva sobre si própria; vê-se como suja por toda a vida. É o
seu olhar que deverá se alterar, e isto alterando a sua maneira de
pensar.<br />
<br />
<b>5. O desprezo </b><br />
Sentindo-se vergonhosa, a pessoa abusada tem
duas soluções: desprezar-se a si própria ou desprezar o abusador e os
semelhantes. Nos dois casos, o resultado é o mesmo: autodestruição,
porque o ódio de si ou o ódio do outro são ambos destrutivos.<br />
O desprezo por si própria pode referir-se ao seu corpo, a sua
sexualidade, a sua necessidade de amor, a sua pureza, a sua confiança.<br />
<br />
Este
desprezo de si tem quatro funções: atenua a sua vergonha, asfixia as
suas aspirações à intimidade e à ternura (desprezar-se anestesia o
desejo), dá-lhe a ilusão de dominar o seu sofrimento e evita-lhe que
procure a cura do seu ser.<br />
<br />
Quando o desprezo por si mesma é muito
intenso, pode levar à bulimia, à violência contra si e ao suicídio;
nestes três casos, a pessoa pune o seu próprio corpo porque ele existe e
tem desejo.<br />
<br />
<b>6. O verdadeiro inimigo</b><br />
Se perguntar a uma
pessoa que sofreu um abuso sexual qual é o seu inimigo, responderá sem
dúvida: “É o culpado do abuso.” O que lhe parece evidente.A vítima tem
escolha: ou combate, cultivando o seu ódio para com abusador, ruminando
uma vingança contra ele; ou foge, procurando esquecer, endurecendo-se
para não mais sofrer, fechando-se em si mesma, passa a ser insensível,
de maneira a não mais sentir nem emoção nem desejo.<br />
<br />
Mas estas
duas soluções são vãs, porque o inimigo não é o abusador. Certamente,
representa um problema, mas a boa notícia é que não é o problema
essencial. O verdadeiro adversário é a determinação da pessoa a
permanecer no seu sofrimento, a sua morte espiritual e psíquica e a
recusar reviver. O inimigo reside, por conseguinte, paradoxalmente, na
própria vítima!<br />
<br />
Este terceiro passo para a cura é sem dúvida o
mais difícil de cruzar. A pessoa deve compreender que tem na frente dela
a vida e a morte, e que pertence apenas à ela permanecer na morte ou
escolher viver.<br />
<br />
Quando o conselheiro sente que ela tomou a
decisão de sair da pulsão de morte para entrar na pulsão de vida, terá
então sem dúvida a ocasião de lhe falar dos três grandes estragos que o
abuso produziu na sua vida e que deverão ser reparados.<br />
<br />
<b>7. O sentimento de impotência</b><br />
O
abuso sexual foi imposto à vítima. Que tenha se produzido uma vez ou
cem vezes, com ou sem violência, não altera o fato de que foi privada da
sua liberdade de escolha.<br />
<br />
<b>Os estragos produzidos pelo abuso sexual. </b><br />
Estes
estragos constituem umas torrentes tumultuosas que devastam a alma, e
que inclui: o sentimento de impotência, o de ter sido traída e o
sentimento de ambivalência, bem como vários outros sintomas.<br />
<br />
<b>O sentimento de impotência</b>O
abuso sexual foi imposto à vítima. Que tenha se produzido uma vez ou
cem vezes, com ou sem violência, não altera em nada o fato de que foi
privada da sua liberdade de escolha.<br />
<br />
<b>Este sentimento provem de três razões:</b>Não
pôde alterar a sua família disfuncional, se se trata de um incesto. Os
seus parentes não a protegeram como deveriam, a sua mãe ou a sua sogra
nada viram ou fingiram nada ver.<br />
<br />
Que o abuso foi acompanhado de
violência ou não, que haja dor física ou não, a vítima não pôde escapar,
o que cria nela fraqueza, solidão e desespero. Além disso, o culpado
serve-se da ameaça ou da vergonha para reduzir ao silêncio e recomeçar
em toda impunidade, o que aumenta a sua impotência.<br />
<br />
Não chega a
pôr um termo ao seu sofrimento presente. Só a decisão de suprimir-se
anestesiaria a sua dor, mas não pode resolver-se, então continua a viver
e a sofrer.<br />
<br />
<b>b. Este sentimento de impotência provoca graves prejuízos</b><br />
<br />
A pessoa abusada perde a consideração por si própria, duvida dos seus talentos e crê-se medíocre.<br />
<br />
Abandona qualquer esperança.<br />
<br />
Insensibiliza
a sua alma para não mais sentir a raiva, o sofrimento, o desejo ou a
alegria. Esconde e repele no seu inconsciente as lembranças horríveis da
agressão sexual.<br />
<br />
Pela força de renunciar a sentir a dor,
torna-se como morta. Perde o sentimento de existir, parece estrangeira a
sua alma e a sua história.<br />
<br />
Perde o discernimento relativo às
relações humanas, o que explica que as vítimas de abusos caem de novo
nas garras de um perverso, que reforça o seu sentimento de impotência.<br />
<br />
<b>2. O sentimento de ter sido traída</b>Muitas
pessoas ignoram o nome dos onze outros apóstolos, mas conhecem Judas, o
traidor. Por quê? Porque a maior parte das pessoas considera que nada é
mais odioso que ser traído por alguém que se supunha amigo e
respeitoso.<br />
<br />
A pessoa abusada sente-se traída não somente pelo
abusador em quem tinha confiança, mas também pelos que, por negligência
ou cumplicidade, não intervieram para fazer cessar o abuso.<br />
<br />
As
consequências da traição são: uma extrema desconfiança e a suspeita,
sobretudo em relação às pessoas mais amáveis; a perda da esperança de
ser próxima e íntima de outro e de ser protegida no futuro, visto que os
que tinham o poder não o fizeram; a impressão que se foi traída, foi
porque mereceu, devido a uma falha no seu corpo ou no seu caráter.<br />
<br />
<b>3. O sentimento de ambivalência</b><br />
Consiste
em sentir duas emoções contraditórias ao mesmo tempo. Aqui, a
ambivalência gravita ao redor dos sentimentos negativos (vergonha,
sofrimento, impotência) que simultaneamente, às vezes, foram
acompanhados de prazer, que seja relacional (um cumprimento), sensual
(uma carícia), ou sexual (tocar nos órgãos), nas primeiras fases do
abuso.<br />
<br />
O fato que o prazer, às vezes, seja associado ao
sofrimento provoca prejuízos consideráveis: a pessoa sente-se
responsável por ter sido abusada, já que “houve” prazer; a lembrança da
agressão pode retornar nas relações conjugais; não chega a
desabrochar-se na sua sexualidade que é para ela demasiado ligada à
perversidade do abusador; controla e mesmo proíbe-se o prazer e, por
conseguinte, o seu desejo sexual.<br />
<br />
O conselheiro deve explicar à
pessoa que não é responsável de ter provado certo prazer, porque é
normal que apreciou as palavras e os gestos “de ternura” do abusador. É a
natureza que deu ao ser humano esta capacidade de sentir prazer.<br />
<br />
O
que não é normal é a perversão dos que premeditaram estas atitudes
afetuosas para fazer cair uma presa inocente na sua armadilha. É ele o
único responsável.<br />
<br />
<b>4. Alguns outros sintomas</b>Pensa-se em eventual abuso sexual se o cliente:<br />
<br />
- Sofre de depressões repetidas.<br />
<br />
-
Apresenta perturbações sexuais: falta de desejo, asco, frigidez,
impotência, temor ou desprezo pelos homens ou mulheres, medo de
casar-se, masturbação compulsiva. Na criança, esta perturbação do
autoerotismo, assim como algumas enureses, podem fazer pensar em abuso
sexual.<br />
<br />
- Destrói-se pelo uso abusivo de álcool, de droga ou de
alimento. A obesidade, em especial, permite às jovens ou mulheres que
foram violadas se tornar, inconscientemente, menos atrativas e se
proteger assim contra outra agressão.<br />
<br />
- Sofre de dores de barriga, de infecções ginecológicas repetidas.<br />
<br />
-
Um estilo de relação com os outros muito caraterístico: ou é demasiado
agradável com todos, ou é inflexível e arrogante, ou por último é
superficial e inconstante.Ajudar a vítima a reviver<br />
<br />
Esta deverá
cessar de ouvir as vozes internas que a mantém na culpabilidade e
vergonha e se pôr à escuta da voz da verdade, que a conduzirá para a
libertação.<br />
<br />
Deverá também abandonar as vias sem saídas que
pessoas bem intencionadas, mas incompetentes (das que ajudam “pouco
ajudadas”!) lhe propõem: negar o abuso, minimizá-lo, para esquecer, para
perdoar o culpado sem que este se arrependa seriamente, para virar a
página, para parar de reclamar, etc.<br />
<br />
A via que leva ao bem-estar compreende <b>duas etapas</b>: olhar a realidade de frente, e decidir reviver.<br />
<br />
<b>1. Olhar a realidade de frente</b><br />
A pessoa deverá reencontrar as lembranças do abuso, admitir os estragos e gradualmente sentir os sentimentos adequados.<br />
<br />
<b> a. Reencontrar as lembranças do abuso</b><br />
A vítima prefere mais
esquecer, tanto a enoja ou a terrifica. Ou então, ela conta friamente
como se fosse de uma outra pessoa que se trata. Mas, esta recusa é um
obstáculo à cura. O abuso não deve ser apagado, mas nomeado.<br />
<br />
Com muito tato, incentivar a lembrar do passado, às vezes muito remoto, porque só um abcesso esvaziado pode cicatrizar.<br />
<br />
O
retorno das lembranças repelidas vai se fazer progressivamente durante a
psicoterapia. O inconsciente da pessoa colabora ativamente por meio de
sonhos, ou imagens que lhe vem ao espírito.<br />
<br />
Certos acontecimentos
fazem também reaparecer os traumatismos esquecidos, por exemplo: um
encontro com o abusador, uma gravidez, a menopausa, um outro abuso, o
fato de que um de seus filhos atinja a idade que tinha quando foi
abusada, o fato de reencontrar-se nos lugares da agressão, ou o
falecimento do culpado.<br />
<br />
<b>b. Admitir os estragos</b><br />
Este regresso penoso no passado vai permitir-lhe admitir as duras verdades seguintes:<br />
<br />
• Fui vítima de um ou vários abusos sexuais. É um crime contra o meu corpo e contra a minha alma.<br />
<br />
• Sendo vítima, não sou responsável deste crime, que só pude sentir.<br />
<br />
• Em consequencia destes abusos, sofro de sentimentos de impotência, de traição e de ambivalência.<br />
<br />
• O meu sofrimento é intenso, mas a cicatrização é possível, se admitir que houve ferida.Esta cicatrização levará tempo.<br />
<br />
•
Não devo envolver o meu passado com um véu de segredo e de vergonha;
mas também não sou obrigada a falar a qualquer um.c. Sentir os
sentimentos adequadosA culpabilidade (que é um sentimento de extorsão
muito frequente), a vergonha, o desprezo, a impotência, o ódio, o
desespero, deverão gradualmente ser substituídos pelos sentimentos mais
adequados que são a cólera para com abusador e os seus cúmplices, e a
tristeza face aos estragos sofridos. Esta tristeza não deve levar à
morte, ao desespero, mas à vida, ou seja a uma fé, uma esperança e um
amor renovados.<br />
<br />
O conselheiro favorecerá a expressão destes dois
sentimentos, de maneira real ou simbólica, mas sempre em toda segurança,
no quadro protegido das sessões de relação de ajuda.<br />
<br />
<b>2. Decidir reviver</b>Por
que uma vítima de abuso sexual deveria decidir reviver, depois de tudo o
que sofreu e sofre ainda? Simplesmente porque é melhor para ela
escolher a vida e não a morte.Escolher reviver significará para ela:<br />
<br />
<b>a</b>.
Recusar estar morta<br />
A vítima acha normal viver com um corpo e alma
mortos; paradoxalmente, isto lhe permite sobreviver, não arriscando mais
sentir alegria ou dor.<br />
<br />
<b>b.</b> Recusar desconfiar<br />
A vítima desconfia
dos seres humanos. Uma mulher violada, em especial, vê todo “macho” como
“o mal”. Deverá aprender a transformar a sua desconfiança para com os
homens em vigilância, o que é muito diferente.<br />
<br />
<b>c.</b> Não mais temer o prazer e a paixão<br />
Estes dois elementos trazem ao drama que sofreu, então ela foge. Fazendo, priva-se destes dois dons.<br />
Sendo
vítima do desejo (perversos, mas desejo do mesmo modo) de alguém,
“lança o bebê com a água do banho”, ou seja rejeitando o abuso que
sofreu, rejeita ao mesmo tempo qualquer desejo, até mesmo o seu.<br />
<br />
Deve realizar que não é porque alguém teve um desejo perverso para com ela que deve doravante renunciar ao seu próprio desejo.<br />
<br />
<b>d. Ousar amar de novo</b><br />
Deverá
progressivamente renunciar às suas atitudes autoprotetoras e o seu
fechamento em si mesma para provar de novo a alegria de amar os outros e
de estabelecer relações calorosas e seguras.<br />
<br />
Deixará a sua
carapaça para reencontrar um coração terno, capaz de correr o risco de
amar aqueles que encontra. Abandonará as suas defesas, o que não quer
dizer que não se cercará de proteções. Uma proteção não é uma defesa.<br />
<br />
Descobrirá
que, se é verdade que uma ou várias pessoas a traíram, a grande maioria
dos outros são dignos de confiança.A revelação do abusador<br />
<br />
<b>1. Quem são?</b><br />
Na sua grande maioria são jovens pessoas ou homens, provindos de todas as classes da sociedade e de todos os meios.<br />
<br />
No
mais das vezes, fazem parte do ambiente da vítima: um colega, um
vizinho, um chefe escoteiro ou um animador de jovens, uma babá, um
professor, um proprietário, um colega de trabalho, um padre, etc.<br />
<br />
Muito
frequentemente são também membros da família: o pai, o tio, o avô, o
sogro (cada vez mais frequentemente devido ao aumento dos rematrimônios e
das famílias expandidas), o irmão, o meio-irmão ou o quase irmão, o
cunhado, o primo, etc. fala-se então de incesto ou abuso sexual
intrafamiliar.<br />
<br />
Trata-se, mais raramente, de uma pessoa desconhecida da vítima.<br />
<br />
É
necessário notar que 80% dos agressores foram eles mesmos vítimas de
abusos no passado, o que não o desculpa de modo algum, mas pode explicar
em parte o seu comportamento.<br />
<br />
<b>2. Revelação</b><br />
Uma vítima tem
muita dificuldade para denunciar o seu agressor; revelará mais
facilmente o abuso em si. No entanto, esta denúncia tem um grande
alcance terapêutico e é necessário incentivar a quebrar o silêncio. Uma
vez dito à outro, a palavra torna-se inter-dita e não mais interditada,
como queria o perverso.<br />
<br />
Mas esta denúncia frequentemente é mal
aceita pela sociedade. Enquanto uma pessoa sexualmente abusada não
denunciar o culpado, é considerada como vítima. Mas o dia em que decide
se referir à Justiça, consideram-na então como culpada de acusar alguém,
e o crime cometido para com ela vai ser negado.<br />
<br />
É por isso que,
por exemplo, a grande maioria das mulheres violadas se resignam a
permanecer vítimas por toda a vida e, por conseguinte, a calar-se, por
medo finalmente de ser acusada do crime que denuncia. Ora, nunca
deveriam hesitar a devolver o peso do crime à quem pertence: ao
violador.<br />
<br />
É necessário, no entanto, saber que, se denunciar tem
um efeito terapêutico, o processo judicial é longo, penoso e
dispendioso. Os interrogatórios repetidos, a falta de respeito e tato de
certas pessoas, a vergonha de revelar a sua história na frente de
todos, a impressão de não lhe darem crédito, provocam o que se chama de
vitimização secundária. Cada vez que relata a violação, a mulher se
sente de novo violada.<br />
<br />
O apoio, material e psicológico, de
organismos especializados na ajuda às vítimas de abusos sexuais, é
precioso neste tipo de diligência, tanto mais que o julgamento
pronunciado do culpado, na maioria das vezes clemente, parece
decepcionante e injusto à vítima e reaviva a sua dor.<br />
<br />
Se tiver o
conhecimento de um caso de abuso sexual, a primeira coisa a fazer é
afastar a vítima do abusador, a fim de evitar que este último recomece.<br />
<br />
No
caso específico de abuso sexual sobre menor, a segunda diligência é
informar as autoridades competentes (serviços sociais e polícia).<br />
<br />
A
lei obriga a esta revelação, e deve neste caso quebrar o segredo
profissional, se não se corre o risco de ser considerada pela lei como
cúmplice. Esta denúncia visa a proteger a vítima e as outras vítimas
potenciais, e a obrigar o culpado a parar as suas atuações.<br />
<br />
<b>As
reações do abusador a sua revelação</b><br />
Um recente Colóquio europeu sobre as
violências sexuais estabeleceu que 82% dos abusadores não admitem a sua
responsabilidade (53% negam totalmente os fatos). Só 18% dentre eles
admitem os fatos, e ainda porque são obrigados após confrontação com as
vítimas, e não sem a acusar de “te-lo provocado”.<br />
<br />
Esta negação
dos fatos permite-lhes perseverar na sua perversão, e por conseguinte,
não se privar do seu gozo, que só conta para eles.<br />
<br />
Quando não
podem mais negar os fatos, admitem-no minimizando ou negando as
consequencias desastrosas sobre as vítimas, sobretudo se o abuso for
isento de violência física. Se tiverem remorso ou lamentação, nunca por
seus crimes, mas por ter-se feito denunciar e pelo dever de parar.<br />
<br />
Se
o psi mostrar-se indulgente para com um perverso, porque deseja regrar
rapidamente uma situação que o excede ou desgosta, corre o risco de ser
manipulado pelo abusador que fará prova de “se arrepender” para
continuar em paz as suas atividades viciosas escondidas. Faz-se assim de
seu cúmplice, o que é grave.<br />
<br />
Uma reação possível do culpado de
abusos é a seguinte: ele suja e se alia. Suja as vítimas ou outras
pessoas inocentes acusando-as do mal que ele mesmo comete; ao faze-lo
alivia, assim, a sua culpabilidade. Além disso, alia-se com os que podem
se tornar seus aliados e seus defensores (um pai incestuoso alia-se a
sua mulher de modo que o deixe abusar da sua filha).<br />
<br />
Um perverso
que é revelado e que recusa se arrepender pode cair no pânico, na
depressão, no álcool ou no suicídio; mais frequentemente endurece-se e
continua de maneira mais intensa as suas práticas.<br />
<br />
É extremamente
raro que um delinquente sexual arrependa-se realmente, (no máximo
exprimirá vagas “lamentações”), mas é necessário sempre dar-lhe a
ocasião.<br />
<br />
Em conclusão, todo terapeuta deveria se dedicar a
formar-se neste domínio tão específico, se quiser se ocupar de pessoas
que sofreram deste drama que constitui o abuso sexual.<br />
<br />
Fonte: Claire et Jacques Poujol - www.relation-aide.comTradução: Mirian Giannella – <a href="http://giannell.sites.uol.com.br/" rel="nofollow" target="_blank">http://giannell.sites.uol.com.br/</a> <br />
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-size: 130%;"></span> </div>
<div align="justify">
<span style="font-size: 130%;">Por Cintia Liana</span></div>
<br />
<br />
<br />
<h2 class="date-header">
</h2>
</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com30tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-26252201375665485452013-07-17T18:13:00.002+02:002015-09-01T08:43:02.982+02:00Ralation d'aide.com - o site onde eu encontrei ajuda<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
A postagem deste blog do dia 28 de marco com o titulo <a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.com.br/2013/03/o-acordar-de-uma-flor.html" rel="nofollow" target="_blank">O acordar de uma flor</a> é a tradução de um texto encontrado no site <a href="http://www.relation-aide.com/accueil.php" rel="nofollow" target="_blank">Relation d'aide.com</a>. Este site oferece ajuda a pessoas que estão sofrendo <span id="result_box" lang="pt">discórdia conjugal, divórcio, <span class="hps">dificuldades de comunicação</span>, <i><b>abuso</b></i><i><b> <span class="hps">sexual</span></b></i>, depressão, ansiedade, desconforto, <span class="hps">assédio</span>, deficiência, <span class="hps">luto,</span> <span class="hps">álcool, drogas,</span> <span class="hps">anorexia</span>, bulimia, ..., e outros assuntos, esta em francês e tem alguns textos em inglês.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span id="result_box" lang="pt">Foi neste site que encontrei ajuda necessária para entender o meu sofrimento, canalizar minha dor e ajuda para superar o trauma.</span><br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUX0fVkihODaDR8Uk1BMAoAq7QTXY9QtXdeMAeNc_XIJm2X9mjZZWSQXprEJkJKUWdz-uoWRueuXkv6nHsQEpRZLbhVkl4WtFwhEu75HrDVwq_gF5mHs6Msb87V3ryD4jRMnCg0Y5hZog/s1600/monets-bridge.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUX0fVkihODaDR8Uk1BMAoAq7QTXY9QtXdeMAeNc_XIJm2X9mjZZWSQXprEJkJKUWdz-uoWRueuXkv6nHsQEpRZLbhVkl4WtFwhEu75HrDVwq_gF5mHs6Msb87V3ryD4jRMnCg0Y5hZog/s1600/monets-bridge.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Google Imagens</td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span id="result_box" lang="pt">Eu entrei em contato com os autores deste site para pedir deles que eu divulgue seus textos em meu blog, mas eles não me autorizaram traduzir os textos e tão pouco </span>divulga-los em meu blog.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O máximo que posso fazer é colocar o <span style="color: blue;">link</span> do site com os 11 artigos que encontram-se na lista do assunto <b>abuso sexual</b>: <span style="color: blue;">//www.relation-aide.com/art_details_cat.php?cat=20</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;"><span style="color: black;">Acreditem, os artigos desta lista foram essenciais para a minha libertação, digamos parcial, do trauma</span>. <span style="color: black;">Eu sei que preciso mesmo de um terapeuta, mas atualmente não tenho como conseguir ir em um. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;"><span style="color: black;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue;"><span style="color: black;">Voce pode tentar ler os textos, eh de graça, esta em francês mas na internet tem sites que traduzem, sem muita qualidade, mas que dah para entender a essência da mensagem. Tente! </span></span></div>
</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-89547348365502579822013-07-12T22:31:00.002+02:002015-09-01T08:42:43.926+02:00O suicidio e a Arvore do Bahrain<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
Quando eu decidi escrever finalmente o blog eu sentia ainda um medo real: o medo de receber relatos de outras pessoas vitimas de abuso sexual. O meu medo era que eu ficasse arrasada, ficasse deprimida com o sofrimento destas pessoas, meu medo era de não ter nada mais para oferecer, de deixar as pessoas ainda mais frustradas, uma vez que todas nos, VITIMAS, queremos mesmo é ter uma vida normal, longe dos traumas e das consequências dos abusos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então, gradativamente recebo mensagens de pessoas que sofreram assim como eu e como voce, e eu choro, choro muito, vejo que tantas outras crianças sofreram e tantas mais ainda vão sofrer abuso sexual. Entretanto, eu nao fico deprimida ou paralisada, ao contrario: eu desejo escrever, todo o que posso, sobre o quanto podemos conquistar de liberdade quando temos coragem de realmente dizer para si mesma o que ocorreu, como ocorreu, o que sentimos quando ocorreu, o que sentimos HOJE quando estamos vivendo em família ou sociedade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu fiquei chocada com o seu relato, imaginei a cena, e percebi o quanto foi degradante para uma menina de 8-10 anos de idade vive tal violência, mesmo que esta violência tenha sido praticada por adolescentes, quase crianças. Meus irmãos também eram crianças, eles ainda nem haviam entrado na puberdade, tinham genitálias de criança, e mesmo assim eles acabaram comigo, acabaram com a minha autoconfiança, autoestima, eles acabaram com a minha INFÂNCIA.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os meus irmãos foram coadjuvante neste crime, os reais autores foram meus pais, minha mãe em especial, pois ela não assumiu o seu papel de mãe, de cuidadora, de responsável, ela simplesmente entregou 2 meninas para os irmãos mais velhos cuidarem: dar banho, vestir, alimentar, fazer dormir. Minha mãe é uma negligente, preguiçosa, mentirosa, assim como a sua mãe. Perdoe-me dizer assim, perdoe-me, mas eu quero que voce enxergue o erro de sua mãe.</div>
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O fato de entender o erro da nossa mãe nos amadurece, nos fortalece, pois assim nos nos livramos da culpa que nos é imposta por elas, ELAS nos culpam, mesmo que de forma velada, silenciosa<br />
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Hoje eu sou mãe e posso entender a dimensão, que o nosso papel de mãe, afeta na personalidade de nossos filhos. Antes eu era só uma filha, uma filha abandonada ao perigo domestico, uma filha sedenta de atenção e carinho. Eu não havia crescido, eu insistia em ser uma criança, criança vitima de abuso para que todos, em especial a minha mãe, tivesse compaixão de mim, pelo sofrimento que vivi. Foi somente quando eu fiquei gravida foi que eu vi que o papel de criança NÃO se encaixava mais em mim, havia sido expulso pelo bebezinho que estava crescendo em meu ventre. E o que restou em mim?<br />
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Restou uma mulher confusa, medrosa, querendo sua <b>vida de antes</b> (aquela vida na qual eu havia enterrado o passado e acreditado que tinha a compaixão dos que sabiam da "historia" ).<br />
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Com um bebezinho no ventre eu já não controlava minhas recordações, não controlava meus sentimentos de ódio e indignação, sentimentos de injustiça e vergonha. Era mais um motivo para sofrer, o abuso sexual estava roubando até mesmo momento mais sublime da vida de uma mulher: a maternidade. Isto me derrubou mais uma vez.<br />
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Se todos soubessem das consequências que marcam as vitimas de abuso sexual, talvez os responsáveis teriam mais cuidado, protegeriam mais e os abusadores TALVEZ não executariam seus atos libidinosos.<br />
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E a dor que nos dilacera a alma, é a mesma dor que nos impulsiona a pensar no suicídio. Nos, vitimas, acreditamos que somos lixo, assim como voce descreve, nos acreditamos que não temos como ser feliz completamente, nos sofremos as consequências desta violência diariamente, e uma frustração cotidiana torna-se uma motivação para não acreditarmos em uma solução <b>possível</b>. <br />
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Pensar no suicídio é pensar que temos culpa neste crime. Portanto, antes de pensar no fim, vamos pensar primeiro <b>nos reais culpados,</b> e vamos cobrar deles as responsabilidades, e fazer exigências das quais evitarão a construção de outras vitimas. Nos, vitimas, sabemos do que estes "meninos" um dia foram capazes, e esses <b>pais</b> que um dia serão <b>avôs,</b> também poderão tentar novamente.<br />
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Nos temos que nos ajudar, voce me ajuda lendo meu blog, escrevendo para mim, eu te ajudo escrevendo minha realidade (eu tento ajudar), as instituições, ONGs, os psicólogos, assistente sociais, a mídia, a internet, a igreja, a INFORMAÇÃO, a Lei Joanna Maranhão, todos unidos em uma corrente para destruir esta <i>erva daninha</i> que penetra nas famílias.<br />
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Temos tanto para fazer que o suicídio torna-se uma opção inútil.<br />
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Vamos viver MENINA, vamos trabalhar contra o abuso sexual, vamos nos libertar das recordações, vamos ter coragem de enfrentar aqueles que um dia nos abusou e mostrar a mulher que nos tornamos. Eu já fiz isto, encarei meu pai, meu irmão e minha mãe. Eu falei para eles as consequências que eu sofri e ainda sofro por culpa deles, cobrei responsabilidades individuais, fiz exigências e ate ameacei de ir na justiça se acontecer novamente com outras crianças de nossa família.<br />
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Se eu me senti feliz ou realizada por ter encarado eles? Não, senti mesmo foi um vazio, uma sensação de injustiça: sofrer por anos para um dia fazer uma reunião de 45 minutos para falar de uma dor de uma vida inteira. O único lucro foi ter me sentido do lado oposto. Vou explicar: eu não estava com medo deles, era eles que estavam com medo de mim, e esta sensação valeu por todas as vezes que eu senti medo, pânico.<br />
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Isto também não me fez deixar de ter síndrome do pânico, o que é lamentável. Porem isto me fez ter força para escrever para outras vitimas e ajuda-las.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDtv3cxhHe6FyRX5D5Xe9tcV9XLlnnzXz7gA15ld8Fd7ItAL2jYmXqTEQgxEelfruLH7UUAJrhxhOnEhfYAwhxKNGYVY2e4JCUgnqVSpE_Yw2LMsPiVvhhF6ZcG_Sc51HRxDLMjT_yz5A/s1600/Tree_of_Life_Bahrain.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDtv3cxhHe6FyRX5D5Xe9tcV9XLlnnzXz7gA15ld8Fd7ItAL2jYmXqTEQgxEelfruLH7UUAJrhxhOnEhfYAwhxKNGYVY2e4JCUgnqVSpE_Yw2LMsPiVvhhF6ZcG_Sc51HRxDLMjT_yz5A/s320/Tree_of_Life_Bahrain.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Google Imagens</td></tr>
</tbody></table>
<span style="color: blue;">(Esta foto é da Árvore do Bahrain, também chamada de Árvore da vida. O Bahrain é um pais do Oriente Médio, um arquipélago localizado no Golfo Pérsico. O clima é árido e de temperaturas elevada no verão, e é neste ambiente que esta árvore sobrevive a mais de quatro séculos, sem disponibilidade da agua, confundido cientistas e pesquisadores. Ela vive, mesmo quando não tem a menor possibilidade, ela esta la, mesmo que não é o lugar dela, ela esta. Assim somos nos, que um dia fomos vitimas de abuso sexual)</span><br />
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Um forte abraço em todas as crianças que irão crescer finalmente depois de buscarem ajuda.<br />
Maria Flor mais feliz e mais forte.</div>
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Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-20876189461673457122013-07-08T15:58:00.002+02:002015-09-01T08:39:23.372+02:00Fortaleza - Ceara<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
O retiro espiritual (falo no texto <a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.de/2013/07/por-que-voce-esta-chorando.html" target="_blank">Por que voce está chorando?</a>) que minha mãe me despachou não durou muito, apenas uma semana, e então voltei para casa. A minha mãe continuava irritada, sem paciência e sobretudo, sem nenhum carinho para me dar.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKF_TN1Es4rjMfCEXHrVR7JBlk48CJbpHZ83TA5Npfa9uFIc9ytUo8KuCfYIM4tZwwme2AjX8Qadm6XHtDIDw7WYAbhyphenhyphenPwfhxayDQX0nek65CBsxmkAajXQUvMuE1wDI7NR2iFRMaYgT4/s1600/praia-do-futuro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKF_TN1Es4rjMfCEXHrVR7JBlk48CJbpHZ83TA5Npfa9uFIc9ytUo8KuCfYIM4tZwwme2AjX8Qadm6XHtDIDw7WYAbhyphenhyphenPwfhxayDQX0nek65CBsxmkAajXQUvMuE1wDI7NR2iFRMaYgT4/s320/praia-do-futuro.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Google Imagens</td></tr>
</tbody></table>
A minha madrinha de batismo ia viajar de férias para Fortaleza com seus dois filhos pequenos, e então ela pediu da minha mãe para eu ir junto com ela. A minha mãe concordou imediatamente, pois ia ser uma viagem com duração de 1 més, ela se livraria de mim, e teria tempo para pensar o que fazer comigo, o que fazer com a situação, com o casamento dela.<br />
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Eu me lembro do momento que eu fui arrumar minha mala, ..., lembro de abrir a gaveta que me pertencia, e lembro do vazio, lembro do fundo preto da gaveta, lembro de não encontrar roupas novas, somente trapos, e não encontrar calçinhas inteiras, somente rasgadas ou manchadas. <br />
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Eu olhei para mim naquele momento, eu já tinha quase 13 anos, faltavam apenas três meses, eu me lembro claramente de ter me dado conta do abandono e descuido em que vivia, afinal minha mãe deveria se preocupar comigo, me dar roupas, me ensinar higiene pessoal, ..., mas ela só estava preocupada com ela mesma.<br />
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Nós éramos realmente muito pobres, mas meus pais tinham ajuda de diferentes fontes: parentes, amigos, patrões, igreja. A ajuda que recebiam era suficiente para nos alimentar e até mesmos nos vestir com certa dignidade. Era descuido e abandono, o resultado daquela gaveta vazia.<br />
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Eu não me lembro de ver a minha mãe me dando banho ou me vestindo quando eu era criançinha, eu lembro apenas dos meus dois irmãos mais velhos.<br />
De fato, eu já tinha12, quase 13 anos, uma mocinha, já deveria cuidar da minha roupa, da minha higiene, mas isto se um adulto me ensinasse, e não os meus irmãos, que também eram crianças.<br />
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A minha madrinha, sabendo da precariedade em que vivíamos, disse que compraria o que eu precisasse: roupas ou sapatos. <br />
Assim foi.<br />
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(continua o texto em <a href="http://colchaderetalhosdaflor.blogspot.de/2013/08/praia-do-futuro.html" target="_blank">Praia do Futuro</a>)<br />
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Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-346844586794239564.post-79530823922928384822013-07-07T22:25:00.002+02:002015-09-01T08:38:51.883+02:00A caixa de Pandora - primeira mulher criada por Zeus<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Esta postagem é para voce que me escreveu, tão longamente, tão emocionada e ainda tão confusa com suas recordações e seus sentimentos.<br />
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Escreva para meu email, escreva muito, eu tenho tempo para ler, ..., não escreva de seu email pessoal para garantir seu anonimato, escreva de um email com um <b>id</b> tipo o meu: retalhosflorais@gmail.com, e quando voce se inscrever, coloque um nome e ate data de nascimento fictícia.<br />
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Porem, escreva somente se te fizer bem, e se voce estiver insegura será melhor que escreva para sim própria. Isto mesmo, escreva emails ou cartas para voce mesma ler, voce lera duas vezes: quando estiver escrevendo e quando ler ao receber o email ou carta escrita. Eu já fiz isto e me fez muito bem, me fez uma mulher adulta, me retirando da condição de uma criança abusada sexualmente, sem informação ou proteção. Quando eu escrevia, eu estava ouvindo a criança que eu era, acreditando em mim mesma, dando credibilidade para mim, me valorizando, entende isso?<br />
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Como voce falou, a vida é curta, e temos que nos livrar o mais rápido possível de toda carga que nos paralisa, que nos impede de ser um pouco mais feliz.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijiUw7Ic_ccepTxok5vBbz7ZHwhkmQ8zN_K8vntQdin7bwiLZob7rs_ekUyupXvf0bYfAI-ZHiu68_4FvwW9C5zbX9CN46-1oPgPGLQL6MJ35ZeRkf0QEiyre0n9hQ1gxMOIy9ckyezXY/s1600/pandora2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="Google Imagens" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijiUw7Ic_ccepTxok5vBbz7ZHwhkmQ8zN_K8vntQdin7bwiLZob7rs_ekUyupXvf0bYfAI-ZHiu68_4FvwW9C5zbX9CN46-1oPgPGLQL6MJ35ZeRkf0QEiyre0n9hQ1gxMOIy9ckyezXY/s1600/pandora2.jpg" title="" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Google Imagens</td></tr>
</tbody></table>
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Eu quero escrever para voce mas não sei como, quero te ajudar, te informar, te ouvir falar que conseguiu superar o trauma (isto é possível, mas eu mesma ainda nao superei completamente).<br />
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Quero te afirmar que qualquer tipo de investida contra uma criança ou adolescente, seja física, visual ou verbal, seja em alguns minutos, algumas horas ou semanas, seja uma única vez ou varias vezes<b> é sim</b> abuso sexual, um crime.<br />
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Abracos,<br />
Maria Flor</div>
Maria Flor Gartenhttp://www.blogger.com/profile/16245924345451925637noreply@blogger.com0